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Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), 81% dos produtores brasileiros têm certificação ABR, de âmbito nacional, e 71% têm também o BCI (Better Cotton Iniciative) de abrangência internacional, o que ressalta a responsabilidade social do setor produtivo do algodão. O selo brasileiro ABR é muito mais exigente que o BCI, uma vez que as exigências trabalhistas e ambientais no Brasil são muito mais rigorosas do que no resto do mundo.
Desta forma, a certificação em ABR garante a BCI, porém, nem todos vão atrás de duas certificações. Contudo, o Brasil já é um grande fornecedor de algodão BCI, representando 30% de todo esse algodão no mundo. O BCI tem enfoque na melhoria das condições de trabalho, na sustentabilidade de toda a produção e na rastreabilidade de cada lote, em cada colheita.
Apesar dos avanços no campo, tanto em tecnologia quanto na qualidade do algodão brasileiro, considerado tão bom quanto aos melhores padrões mundiais, o algodão vem perdendo mercado para as fibras sintéticas, não só no Brasil como em todo o mundo. Em função disso, entidades internacionais do algodão e também a Abrapa estão empenhadas em recuperar mercado através da valorização do algodão, destacando suas qualidades naturais de maciez, não-alergênico e de sustentabilidade.
