Têxteis: revisada para baixo expansão em 2018

A Associação Nacional da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit) revisou a estimativa de crescimento do setor, de 3,5% para o segmento de confecção, de 4,1% para a indústria têxtil, com geração de 16 a 20 mil postos formais de trabalho. No vestuário, hoje, a perspectiva de aumento de produção é de 2% e de 2,9% nos têxteis. No início do ano, a expectativa de crescimento de varejo era de 5% e hoje é de metade disso. O setor saiu em 2015/2016 de muita recessão, e, no ano passado, conseguiu recuperar a produção, o número de empregos e o varejo, que cresceu mais de 7%, e a indústria apresentou uma performance bastante razoável.

A chegada tardia e menos intensa do frio também atrapalhou os planos do setor industrial, impactando na venda das coleções de inverno. De janeiro a abril de 2018, houve uma queda de 3,1% no consumo de vestuário no país. A indústria investiu em máquinas e equipamentos comprados no exterior, principalmente, voltados para a flexibilidade, produtividade e sustentabilidade, mas não tanto para aumentar a produção. As exportações de têxteis e vestuários caem, mas o setor espera chegar ao final do ano com leve crescimento de 1%, e as importações continuam afetando muito, com esse varejo menor e as importações crescendo mais de 30% no vestuário. São baques muito fortes na produção nacional.

Com relação a preço, é dramático o quadro, por conta do aumento no custo dos insumos. Nos últimos 12 meses, o algodão subiu mais de 40% e o índice de preços nas fabricas é extremamente baixo. Têxteis subiram 3,3% no período, e a confecção em registra deflação. Há uma pressão de margens violenta sobre a indústria e a capacidade de recompô-las nos preços depende da capacidade de repasse ao consumidor, e não há espaço para isso hoje. O descasamento entre o dólar e o preço dos insumos também afeta o quadro operacional das companhias, destacando que estes últimos cresceram em torno de 46%, por conta da alta no preço da matéria-prima e da energia. Fonte: Abrapa. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.


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