Têxteis: déficit comercial cresce ao longo do ano

As empresas brasileiras estão voltadas a fabricações de produtos de verão, buscando negociar os fios 100% algodão e os mistos (especialmente poliéster e algodão). No entanto, com a expectativa de novas quedas no preço da pluma no mercado doméstico, fiações estão cautelosas quanto a programações alongadas e, no caso dos importados, têm incertezas sobre o dólar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de “preparação e fiação de fibras têxteis” teve crescimento de 1,2% entre junho/2017 e junho/2018 (últimos dados disponíveis), contra alta de 1,2% entre junho/2016 e junho/2017.

O segmento de “tecelagem, exceto malha” decresceu apenas 0,1% entre junho/2017 e junho/2018 (no período anterior era registrado aumento de 6,7%); “fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário” subiu 7% (+4% anterior); “confecção de artigos do vestuário e acessórios” recuou 0,1% (+1,5% entre junho/2016 e junho/2017). O segmento de “fabricação de tecidos de malha” registrou queda de 1,5% entre junho/2017 e junho/2018 (no período anterior havia tido aumento de 2,4%) e o segmento de “fabricação de artigos de malharia e tricotagem” decresceu expressivos 16,8%, contra o aumento de 8,3% no período anterior.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), de janeiro a julho/2018, o déficit está 21,8% maior que o do mesmo período de 2017, em US$ 2,01 bilhões neste ano. Até julho/2018, a importação soma US$ 2,94 bilhões, aumento de 19,4% frente a janeiro a julho/2017. A exportação, por sua vez, totalizou US$ 929 milhões, elevação de 14,5% no mesmo período. Para os demais segmentos, a Secex aponta que, de janeiro a julho/2018, o de confecções registrou déficit agregado de US$ 1,2 bilhão, 33,3% maior que o do mesmo período de 2017.

O saldo negativo de tecidos está em US$ 440 milhões, 14,2% maior que o acumulado de janeiro a julho de 2017; o de filamentos, em US$ 246,7 milhões (+18,6%); o de fios, em US$ 142,1 milhões (+5,1%) e o de outras manufaturas, em US$ 260 milhões (+34,8%). O segmento de fibras têxteis registrou superávit de US$ 270 milhões, com saldo 66% superior ao de um ano atrás, quando estava em US$ 163 milhões no agregado de 2017 (janeiro a julho). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.


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