Preços do algodão em queda e comprador retraído

As indústrias seguem fora das compras de algodão no disponível neste começo do ano. Após a sequência de recuos do dólar, as fábricas estão optando por aguardar, na expectativa de quedas nos preços. O Indicador Cepea/Esalq para pagamento em 8 dias registra queda de 2,74% nos últimos sete dias. A previsão é de que as fábricas podem retomar a negociação em breve, pois os estoques estão ficando escassos. Mas, neste momento, elas estão focadas apenas em receber contratos. Neste mês de janeiro, as negociações devem ser lentas. Historicamente, na volta do recesso, o mercado apresentava tendência altista, mas neste ano a situação é oposta.

Mesmo com a perspectiva de volume de exportação mais robusto, os embarques devem ficar distribuídos ao longo do ano. Como é uma safra maior, em alguns períodos da entressafra podem surgir ofertas. Em Mato Grosso, as indicações de compra no disponível estão entre R$ 2,95 e R$ 3,00 por libra-peso, para entrega na Região Sudeste. Tradings vinham ofertando algodão entre R$ 2,90 e R$ 2,92 por libra-peso, posto em São Paulo e Santa Catarina. Os negócios são pontuais, pois os compradores ainda consideram elevado mesmo o preço de trading. Para a safra 2018/2019, a negociação está travada. A referência de compra está 200 pontos acima do vencimento dezembro de 2019 no Porto de Santos (SP).

Os vendedores estão retraídos, pois esse patamar está abaixo do valor em que saíram os últimos negócios no final do ano passado, na faixa de 80,00 centavos de dólar por libra-peso FOB. Uma boa parte da safra já foi negociada e os produtores preferem aguardar passar o período de plantio e germinação do algodão antes de voltar a negociar. Na Bolsa de Nova York, os futuros de algodão acumulam alta de mais de 1% em 2019. Nesta quarta-feira (09/01), o vencimento março subiu 146 pontos (2,04%) e fechou a 73,13 centavos de dólar por libra-peso. A fibra vem sendo sustentada pelos ganhos do petróleo e pelo entusiasmo com as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.


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