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10/Jul/2019

Tendência de preços estáveis com maior liquidez

Neste começo de julho, lotes de pequenos volumes de pluma das safras 2017/2018 e 2018/2019 têm sido negociados no mercado spot, sendo que a maioria apresenta alguma característica de cor, micro ou fibra. Os comerciantes e/ou indústrias vêm realizando essas aquisições especialmente para repor estoques. Outros compradores se mantêm afastados do mercado, à esperada da entrega de contratos da safra 2018/2019. Parte dos produtores, por sua vez, está fora do mercado spot, enquanto outros estão beneficiando o produto da nova temporada. Alguns vendedores afirmam ter já comprometida boa parte da pluma por meio de contratos e, por isso, aguardam o avanço da colheita 2018/2019 para novos negócios. Lotes de São Paulo, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e, em menor frequência, de Mato Grosso, têm sido fechados para entrega rápida.

Assim, nos últimos sete dias, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra recuo de 0,46%, cotado a R$ 2,70 por libra-peso. Em junho, o Indicador recuou 5,45%. No acumulado de 2019, a queda é de significativos 11,83%. Em 2018, o Indicador havia registrado alta de 28,02%. Dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgados no dia 5 de julho indicam que a colheita em Mato Grosso estava em 3,54% do total esperado, avanço de 1,32% frente ao dia 28 de junho, acima dos 1,89% do mesmo período da safra 2017/2018, mas inferior à média dos últimos cinco anos, de 5,25%. A área estimada é de 1,072 milhão de hectares na safra 2018/2019 e produção, de 1,846 milhão de toneladas. Dessa produção, 77,75% já teriam sido comercializadas até o início de julho, 5,54% superior à média dos últimos cinco anos (72,21%), mas 1,82% inferior ao verificado no mesmo período de 2018 (79,57%).

Nos registros da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), são contabilizados negócios equivalentes a 34,9% da produção brasileira até o dia 8 de julho, sendo 30,4% originados em Mato Grosso. Para entregas futuras, a realização de novos negócios está desestimulada neste início de julho, com pouco movimento externo e agentes atentos às consecutivas quedas dos contratos na Bolsa de Nova York. Vale lembrar que os preços estão em movimento de baixa desde maio. Além do desenrolar das negociações entre China e Estados Unidos quanto à taxação de produtos. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), Porto de Paranaguá (PR) é de R$ 2,56 por libra-peso, com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, todos os contratos seguiram em queda neste início de julho, depois de acumularem expressivo recuo em junho.

As lavouras norte-americanas em boas condições, valorização do dólar frente às principais moedas internacionais e as oscilações no preço do petróleo são os fatores de pressão nos últimos dias.

Nos últimos sete dias, o vencimento Julho/2019 registra desvalorização de 1,33%, cotado a 62,33 centavos de dólar por libra-peso; o Outubro/2019 apresenta baixa de 1,27%, a 65,13 centavos de dólar por libra-peso. O contrato Dezembro/2019 acumula queda de 1,41%, a 65,64 centavos de dólar por libra-peso e Março/2020 registra desvalorização de 1,07%, cotado a 66,70 centavos de dólar por libra-peso. Em relação à temporada 2019/2020 norte-americana, o USDA indicou, em relatório divulgado no dia 8 de julho, que 47% da área já floresceu, abaixo dos 57% de um ano atrás e inferior à média das últimas cinco safras, de 54%. Além disso, em 13% da área dos Estados Unidos já houve formação de maçãs, menor que os 20% do mesmo período de 2018. Em relação à qualidade das lavouras, 54% estão em boas e ótimas condições, acima dos 41% do ano anterior; 27% estão em condições medianas, 5% abaixo do observado em 2018, e 19% estão ruins e em péssimas condições, contra 27% no ano anterior. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.