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22/Ago/2019

Hábitos alimentares: aumento no consumo de FLV

De acordo com pesquisa organizada pela Produce Marketing Association (PMA), entidade internacional ligada ao setor de frutas, legumes e vegetais, que conta com 2,9 mil empresas associadas, 46 mil compradores e fornecedores, distribuídos em 55 países, inclusive no Brasil (que conta com 77 associados, entre produtores, distribuidores, fornecedores de produtos e serviços e varejistas), o brasileiro está consumindo mais frutas e vegetais, principalmente as mulheres. Frutas são mais consumidas do que os vegetais, pela facilidade de transportar e comer. As frutas estão sendo mais consumidas em sucos e snacks, mas o que desestimula o consumidor é o preço elevado, a sazonalidade e a quantidade de calorias.

Os vegetais são frequentemente consumidos como ingredientes complementares, como acompanhamento de carnes, limitando sua capacidade de se manter como o alimento principal de uma refeição. Além disso, 34,6% da população brasileira consume frutas e vegetais pelo menos cinco dias por semana. A pesquisa abordou, qualitativamente, 20 homens e mulheres entre 24 e 50 anos e sua rotina alimentar. O levantamento revelou, por exemplo, que o consumo é maior proporcionalmente à idade, indicando que se trata de demanda relacionada à preocupação com a saúde, conforme se envelhece. Além disso, quanto mais alto o nível educacional, maior o consumo de FLV. Além disso, na percepção dos brasileiros, o consumo de suco de frutas ou verduras equipara-se ao consumo da fruta in natura, embora o suco seja consumido não como substituto da fruta, mas de refrigerantes.

Em geral, os consumidores concordam que o suco fresco é melhor do que o embalado. Quando dá tempo, a maioria faz seus próprios sucos frescos em casa. Quanto à falta de estímulo em consumir frutas estão preço, principalmente das variedades importadas, calorias, cheiro, necessidade de preparo, sazonalidade, sabor e restos para jogar fora. Quanto aos legumes, as barreiras são de que estragam rapidamente, o sabor, são caros e requerem preparo. Os brasileiros não demonstraram clara compreensão dos benefícios que realmente uma fruta ou vegetal oferece para a saúde humana, embora tenham prazer no consumo principalmente de frutas, pelo sabor adocicado. Em relação às verduras, elas são apreciadas pelo que trazem para os outros pratos.

A partir do resultado da pesquisa, a recomendação é para que as empresas desenvolvam produtos inovadores, como embalagens, coloquem mais informação para o consumidor nos pontos de venda e estimulem o prazer de comer bem e consumir alimentos naturais. Podem desenvolver receitas que ofereçam benefícios específicos, como por exemplo sucos antioxidantes e deixar à disposição embalagens com vegetais cortados e pré-cozidos é outra dica. O grande desafio está na coordenação de cada cadeia produtiva e de fundamentos estratégicos de marketing para estimular o consumo de FLV. No Brasil, um plano de negócios estratégico, desde o abacate até a vagem, deve ser estimulado em ações público-privadas, indicando que os cerca de 90 mil pontos de venda de supermercados no País devem ser transformados em "pontos de educação para alimentação e nutrição". Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.