Preços internos seguem caindo e futuros em alta

No mercado doméstico de milho, a movimentação segue pontual nas áreas de produção de milho de inverno em meio ao estoque restrito da 2ª safra do ano anterior, mas nos locais onde está sendo colhida a 1ª safra, a negociação está mais aquecida. O dólar à vista fechou a quarta-feira (01/03) com baixa de 0,51%, cotado a R$ 3,09. Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, há registro de negócios entre R$ 25,00 e R$ 26,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento imediatos. Quanto à comercialização antecipada da 2ª safra de 2017, há registro de negócios a R$ 19,00 por saca de 60 Kg, para embarque e pagamento em agosto. As tradings e fabricantes de ração indicam R$ 17,50 por saca de 60 Kg ante R$ 18,00 por saca de 60 Kg na semana anterior, para embarque em agosto e pagamento em setembro.

Os produtores indicam entre R$ 18,50 e R$ 19,00 por saca de 60 Kg, para retirada em junho/julho e pagamento no início do mês subsequente à entrega. No Paraná, na região norte, a indicação de compra é de R$ 29,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os vendedores indicam entre R$ 30,50 e R$ 31,00 por saca de 60 Kg. Os preços indicados para compra estão estáveis há duas semanas. Há poucas ofertas, e isso tem feito com que as cotações se mantenham. Na Bolsa de Chicago, nesta quarta-feira (01/03), os preços futuros do milho fecharam em alta, ampliando os ganhos registrados na sessão anterior.

Compras realizadas por fundos estão impulsionando o mercado, após duas semanas de perdas. O vencimento maio ganhou 8,25 cents (2,21%) e fechou em US$ 3,82 por bushel. A alta também foi atribuída a especulações sobre mudanças na política dos Estados Unidos para biocombustíveis. Há rumores de que o presidente Donald Trump poderia assinar uma ordem executiva alterando o chamado Padrão de Combustíveis Renováveis, que estabelece o volume de etanol de milho e outros biocombustíveis que deve ser misturado à gasolina.

Essas mudanças poderiam beneficiar o setor. O milho é a principal matéria-prima usada na fabricação de etanol nos Estados Unidos, e a indústria consome cerca de um terço da safra doméstica do grão. Dados divulgados nesta quarta-feira (01/03) mostraram que a produção média de etanol nos Estados Unidos foi de 1,034 milhão de barris por dia na semana passada, permanecendo estável ante a semana anterior. Os estoques do biocombustível aumentaram 1,8% na semana, para 23,1 milhões de barris. Veja a seguir as cotações no mercado de lotes nas principais regiões produtoras do País:


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