Transgênicos: avançando as edições de genomas

A Monsanto está subindo mais um degrau no seu setor de tecnologia genética de sementes com a edição de genomas. A norte-americana assinou diversos acordos de licenciamento para adicionar novos recursos de edição genética aos seus processos. Entretanto, a empresa precisa se apressar para não ficar para trás na concorrência. Startups e empresas já consolidadas, como a DuPont e Dow Chemical, também estão trabalhando com a tecnologia. Robert Fraley, diretor de Tecnologia, disse que a edição de genes pode ajudar, por exemplo, as plantas de milho a crescerem em condições de seca.

A Monsanto recrutou uma série de pesquisadores para explorar o potencial da técnica no gene do milho, soja, algodão e vegetais com a intenção de tornar essas culturas mais lucrativas. A edição de genomas permite desenvolver culturas agrícolas resistentes a pragas e reescrever genomas inteiros de micro-organismos. Tudo isso pode ser feito de forma mais rápida e econômica. Tecnologias de edição como a Crispr-Cas9 e a Exzact permitem que os cientistas façam alterações no DNA já existente de uma planta com a mesma precisão que os programas de processamento de texto. No setor de GM, as mudanças envolvem principalmente a inserção de novos genes de bactérias ou outra planta.

Essa diferença pode significar uma revisão mais rápida de agências reguladoras nos países e reduzir a resistência de parcela da sociedade contra esse tipo de cultura. O GMs levaram a Monsanto a assumir o posto de maior vendedora de sementes do mundo. O negócio de sucesso, inclusive, levou a alemã Bayer a arrematar a empresa norte-americana por US$ 57 bilhões, a estimativa é de que a fusão das duas empresas seja concluída até o fim de 2017. A Bayer também já criou sua própria joint venture focada na edição de gene com Crispr e planeja avaliar seu potencial para desenvolver novas culturas.

A DuPont, principal rival da Monsanto no mercado de sementes dos Estados Unidos, criou suas próprias licenças no setor e planeja vender nos próximos quatro anos uma variedade geneticamente editada de milho ceroso. A Dow, em processo de fusão com a DuPont, uniu-se com a californiana Sangamo BioSciences para desenvolver a Exzact. Além disso, concorrentes de menor porte também estão em busca de uma fatia desse mercado. A Calyxt Inc., com sede em Minnesota, nos Estados Unidos, está desenvolvendo variedades modificadas de trigo com menor teor de glúten e uma versão de óleo vegetal de soja mais saudável. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica.


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