Preços baixos do milho desestimulam as vendas

A falta de acordo sobre preço continua travando os negócios com milho no mercado interno. Os produtores estão irredutíveis quando a ceder aos valores indicados na compra. A colheita da 2ª safra está em fase inicial e os produtores avaliam que não há urgência em escoar rapidamente o que há estoque. Em Mato Grosso, onde o governo vem realizando leilões de prêmios, os produtores tentam obter propostas mais atrativas de tradings. No Paraná, a indicação nominal de compradores é de R$ 24,00 por saca de 60 Kg para retirada imediata no norte do Estado e pagamento em 30 dias.

No Porto de Imbituba, a indicação é de R$ 30,00 por saca de 60 Kg para entrega imediata e pagamento em 3 de julho. Para o período de maior volume de colheita da 2ª safra, a indicação de compra é de R$ 24,50 por saca de 60 Kg para entrega em julho e pagamento em agosto nos terminais ferroviários do norte do Paraná. No Porto de Paranaguá, os compradores indicam R$ 28,50 por saca de 60 Kg para os mesmos prazos. No Porto de Santos, a indicação é de R$ 29,50 por saca de 60 Kg para entrega em julho e pagamento em agosto. Os preços indicados para compra para julho e agosto recuaram R$ 0,50 por saca de 60 Kg.

Em Mato Grosso, na região de Sorriso, os compradores indicam R$ 13,50 a R$ 13,70 por saca de 60 Kg para entrega dentro de 30 dias e pagamento no fim de agosto em Sorriso. Como os negócios estão muito focados em leilão, as tradings ficam de lado, à espera do prêmio. Quando o produtor pega um prêmio de R$ 2,50 por saca de 60 Kg, elas pagam R$ 14,00 por saca de 60 Kg. Os vendedores, por outro lado, não demonstram muito interesse em negociar agora porque há dez dias fecharam negócios a R$ 14,00 por saca de 60 Kg. O prêmio ficou em R$ 2,46 por saca de 60 Kg e muitos produtores não conseguiram fechar em 16,50 por saca de 60 Kg. Por isso, a maioria prefere esperar o próximo leilão.


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