Preços do milho pressionados pela demanda fraca

A divergência sobre os prazos de embarque do milho tem sido mais um fator de impasse nas negociações no mercado disponível. Os produtores têm tentado, com pouco sucesso, fechar negócios com entrega imediata do produto, para evitar gastos com armazenagem. Mas, tradings propõem receber o produto daqui a alguns meses, por já não contarem mais com espaço nos navios para carregamentos em julho. Além isso, a alta recente do frete em diferentes regiões, em função da maior demanda por transporte para levar o cereal para os portos, é outro motivo para os compradores postergarem a data de embarque dos grãos.

No geral, o mercado está lento em todo País. Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, os compradores indicam R$ 17,00 por saca de 60 Kg, para retirada em novembro e pagamento em dezembro. Os vendedores indicam o mesmo valor, mas para embarque imediato e pagamento entre julho e agosto, a fim de liberar espaço nos silos. Nos últimos dias, somente exportadores estão ativos no mercado, mas com prazos de entrega longos, pois, além de os navios programados para carregar grãos em julho estarem tomados, o frete atual aumentou.

No Paraná, na região de Maringá, o mercado está parado. Os preços no interior do Paraná estão em paridade de exportação, o que vem estimulando vendas de milho com destino ao mercado externo. No Porto de Paranaguá, a indicação é de R$ 28,50 por saca de 60 Kg para entrega em agosto e pagamento em setembro. Subtraindo os R$ 6,00 por saca de 60 Kg do frete, o valor fica em R$ 22,50 por saca de 60 Kg no norte do Estado. Em Mato Grosso do Sul, a comercialização de milho está mais lenta nos últimos dias. Os compradores indicam R$ 16,00 por saca de 60 Kg.


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