Frete: preço sobe com safra e alta do PIS/Cofins

A entrada no mercado da 2ª safra de milho do Brasil impulsionou os fretes rodoviários. Na rota entre Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, os preços médios passaram de R$ 82,50 por tonelada no fim de junho para R$ 135,00 por tonelada na primeira semana de agosto. Na rota entre Balsas e Itaqui, no Maranhão, os fretes registraram valores mais elevados em relação aos observados em 2016. Isso só não aconteceu em algumas semanas entre janeiro e fevereiro. Além da grande oferta de milho, que aumenta a demanda por logística, ainda há volumes consideráveis de soja para serem movimentados, inclusive para serem exportados, aumentando ainda mais a procura por contratação de frete.

Outro fator que contribuiu para a elevação dos preços do frete foi o aumento do PIS/Confins sobre o diesel. O comportamento dos fretes no segundo semestre deste ano deve ser diferente do observado em igual período do ano passado. No segundo semestre de 2016, o valor dos fretes rodoviários no interior do Brasil caiu em relação aos níveis observados nos meses anteriores, porque a safra de soja não era tão grande e a 2ª safra de milho também foi menor.

Esse encarecimento do frete traz preocupação quanto à competitividade do milho brasileiro num momento em que o câmbio já não está tão favorável. No ano passado, a menor oferta de grãos, principalmente com a quebra da 2ª safra de milho, fez com que os portos do Arco Norte fossem preteridos por locações mais consolidadas nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil, o que deixou ociosos terminais da metade norte do País. Em 2017, entretanto, com a grande oferta de milho e soja, essas opções de escoamento voltaram a ser mais utilizadas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica.


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