Argentina e o sul do Brasil seguirão sem chuvas

De acordo com a Perspectiva Agroclimática Semanal divulgada pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), a zona agrícola núcleo da Argentina (sul de Córdoba, sul de Santa Fe e norte de Buenos Aires), a mais importante em produção para a safra de verão e que vem sofrendo com a escassez de chuvas, não deverá receber volumes significativos até o próximo dia 07 de março. Em meio a rendimentos que perigam cair ainda mais durante as etapas críticas da soja e do milho, bem como cultivos plantados em segunda etapa (após o trigo) sendo abandonados, grande parte da região dos Pampas, que compreende as províncias de Córdoba, Santa Fe, La Pampa e Buenos Aires, deve receber apenas chuvas inferiores a 10mm no período analisado pela BCBA. Até a próxima quarta-feira (28), a Argentina deverá ser influenciada pelos ventos do norte, que irão reativar a onda de calor na maior parte da região agrícola.

No final da perspectiva, serão produzidas chuvas isoladas que irão trazer valores significativos para o norte e para o oeste da área agrícola, enquanto a maior parte do país e a maior parte do país deve receber valores escassos de chuva. Os grandes volumes virão para a maior parte do Noroeste Argentino (Jujuy, Salta, Tucumán, Catamarca), para o norte do Chaco (Formosa, Chaco, Santiago del Estero), para a maior parte de Misiones, para a maior parte de Cuyo (San Luís, San Juan e Mendoza) e para a maior parte do Paraguai, podendo variar de 10mm a 100mm, com picos de volumes superiores a 150mm. O centro-leste da área agrícola argentina, a maior parte da área agrícola uruguaia e o extremo sudeste do Paraguai registrarão chuvas escassas, de menos de 10mm, com algumas fotos com valores moderados. A zona núcleo Argentina, que é a que mais necessita de chuvas por se tratar da área mais importante para a produção da safra de verão, está dentro deste panorama. A maior parte do interior da área agrícola também deve experimentar temperaturas máximas superiores a 30°C, com fotos de temperaturas próximas aos 35°C.

As temperaturas ficam inferiores aos 20°C apenas no oeste do Noroeste Argentino, no oeste de Cuyo e na região das Cordilheiras. Na previsão mais estendida, a zona núcleo deve continuar sofrendo com as chuvas escassas, já que a maior parte da Mesopotâmia (Misiones, Entre Ríos, Corrientes), a maior parte de Cuyo e a maior parte da Região dos Pampas, além do Uruguai, deverão ter registros escassos, de menos de 10mm, com alguns valores moderados. As chuvas de moderadas a muito abundantes (10mm a 75mm) devem incidir sobre a maior parte do Noroeste Argentino, a maior parte do Paraguai, a maior parte da região do Chaco, o norte da Mesopotâmia, o oeste de Cuyo e o oeste de Córdoba, com focos de tempestades severas com chuvas superiores a 150mm. Os ventos devem rotacionar para o sul, provocando uma queda marcada de temperatura na maior parte da região agrícola. O leste do Noroeste Argentino, a maior parte da região do Chaco, o centro de Cuyo, o norte de Córdoba, a maior parte da Mesopotâmia, o sudeste do Paraguai, o oeste de La Pampa, o nordeste de Buenos Aires e o noroeste e o sudeste do Uruguai deverão° ter temperaturas superiores a 15°C, com focos superiores a 20°C.

Por sua vez, o centro do Noroeste Argentino, o leste e o centro de Cuyo, a maior parte da região dos Pampas e a maior parte do Uruguai deverão receber temperaturas mínimas entre 10°C a 15°C. Ao final da perspectiva, as temperaturas aumentam e a maior parte do Paraguai, o leste do Noroeste Argentino, o leste da região do Chaco, a maior parte de Misiones, o norte de Corrientes, o leste de Buenos Aires e o leste do Paraguai deverão ter temperaturas máximas superiores aos 30°C, com focos superiores a 35°C. Ainda que isoladas e em baixos volumes, as chuvas devem voltar em diversas áreas do sul do Brasil até o meio dessa semana. Os acumulados máximos diários não devem ultrapassar os 50 milímetros na quinta-feira (1º) na maior parte da região. A faixa mais ao sul do Rio Grande do Sul fica sem chuvas até a próxima semana, segundo o modelo Cosmo do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A massa de ar seco perde força sobre a região sul nos próximos dias e voltam a ocorrem pancadas de chuva.

Entretanto a chuva será isolada e não são esperados volumes acumulados significativos sobre grande parte da região pelo menos até o meio da semana. No mapa a seguir é apresentado o acumulado de chuva previsto entre os dias 25 de fevereiro e 01 de março de 2018, segundo a Climatempo. De acordo com o mapa de chuva acumulada dos próximos dias, entre 25 de fevereiro e 01 de março, há previsão de chuvas mais fortes apenas no sul de Santa Catarina, com acumulado acima de 50 mm. O sul e oeste do Rio Grande do Sul fica praticamente sem chuvas no período. Há uma tendência de novas precipitações, mais volumosas, apenas na primeira semana de março. Ao longo da primeira semana de março a chuva deve aumentar no norte do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. Já o centro-sul gaúcho permanece com condições apenas para chuvas rápidas e isoladas. No mapa a seguir é apresentado o acumulado de chuva previsto entre os dias 02 e 06 de março de 2018, segundo a Climatempo. Fontes: BCBA, Inmet e Climatempo. Adaptado por Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica.


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