2ª safra de 2018 avança em áreas não tradicionais

A escalada nos preços do milho no Brasil observada no último mês estimulou produtores de regiões que tradicionalmente não plantam grandes áreas de 2ª safra, como o leste de Goiás, o Triângulo Mineiro e o noroeste de Minas Gerais, a arriscar o cultivo do cereal na 2ª safra este ano. A opção dos produtores destas regiões foi investir menos nas sementes de milho por causa do maior risco climático, apesar da expectativa de que as chuvas se prolonguem até maio. Segundo a Associação dos Produtores de Soja e milho de Goiás (Aprosoja-GO), como na região leste de Goiás a regularização das chuvas no início da temporada de plantio de soja costuma atrasar, dificilmente a região consegue dedicar áreas muito extensas à 2ª safra de milho.

Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Minas Gerais (Aprosoja-MG), em Unaí, a aposta em milho na 2ª safra de parte dos produtores está ligada ao fato de que os preços do grão estão mais atrativos do que os do feijão. A alta repentina dos preços do cereal foi um estímulo ao plantio da 2ª safra em áreas irrigadas, tradicionalmente utilizadas para o feijão. O milho tem ainda uma vantagem: aproveita as últimas chuvas de verão e do outono. Já o feijão, semeado mais tarde, exige mais o uso dos pivôs de irrigação. Nesta região, pode ter migração da área de feijão irrigado para o milho irrigado, por causa do preço baixo do feijão e do baixo nível dos reservatórios de água. A única ressalva é a cigarrinha, praga que ataca o milho e é de difícil controle e alto custo.

A praga também é citada em Goiás como um entrave à produção. No Triângulo Mineiro, os produtores estão acreditando no potencial da região para a 2ª safra, sobretudo por causa da crescente adoção de tecnologias ligadas a insumos e técnicas agronômicas inovadoras. Em Brasília, na área agrícola do Distrito Federal conhecida como PAD-DF, além dos insumos já adquiridos, o fator preço também estimula o plantio da 2ª safra de milho, mesmo com a percepção de maior risco à produtividade após um atraso no plantio da soja. O milho está sinalizando uma melhora de preço, e isso estimula o produtor. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica.


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