Preços do milho estáveis com retração vendedora

A falta de chuvas em regiões produtoras de milho de 2ª safra leva os vendedores a postergarem a comercialização do cereal do ciclo 2017/2018 no mercado à vista e priorizar a venda da soja. Em algumas regiões, os produtores estão fora do mercado. Como a demanda está em ritmo lento, os preços permanecem estáveis. O que também contribui para a baixa oscilação é a existência de lotes de milho da safra de verão (1ª safra 2017/2018) em regiões que cultivam o cereal neste período. Por causa disso, os compradores têm buscado produto dentro de seus Estados, reduzindo a pressão por lotes na Região Centro-Oeste. Em Mato Grosso do Sul, apenas confinadores têm movimentado o mercado à vista de milho e, ainda assim, muito pontualmente.

As indicações de compra permanecem em R$ 34,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados e Maracaju, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. Os vendedores estão fora do mercado. A preocupação no momento é com a falta de precipitações nas lavouras cultivadas com o milho 2ª safra. A demanda tem sido menor nos últimos dias, já que os grandes compradores da Região Sul pararam, temporariamente, de buscar milho de Mato Grosso do Sul, pois estão fazendo negócios dentro de seus Estados, consumindo lotes da safra de verão (1ª safra 2017/2018). Em Santa Catarina, por exemplo, os consumidores estão adquirindo milho entre R$ 39,00 e R$ 40,00 por saca de 60 Kg. O clima seco também mantém lenta a comercialização antecipada da 2ª safra de 2018 no Estado.

Os preços indicados por compradores registram alta, mas não o suficiente para atender às indicações de vendedores. Tradings indicam R$ 33,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em Maringá (PR) e pagamento em setembro, alta de R$ 0,50 por saca de 60 Kg nos últimos dias. No Paraná, na região de Cascavel, os produtores estão mais concentrados na comercialização de soja. Assim, ocorrem poucos negócios e os preços permanecem estáveis. A indicação de compra está entre R$ 37,00 e R$ 38,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento 30 dias depois. Quanto à 2ª safra de 2018, pairam incertezas em relação ao sucesso da colheita no oeste do Estado, em função do maior risco climático. Por isso, os produtores estão retraídos. Os compradores indicam R$ 36,00 por saca de 60 Kg, para retirada em junho e pagamento em setembro deste ano, nos mesmos prazos.


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