Preços do milho não estimulam venda antecipada

A expectativa quanto à 2ª safra de 2018 faz o mercado especular sobre a tendência para os preços a partir de junho e a comercialização está lenta em algumas regiões. No Paraná, a preocupação é com o período longo sem chuvas e isso deixa os produtores bastante cautelosos na hora de negociar a safra futura. A avaliação é de que, se as chuvas demorarem, haverá perdas e os preços do grão devem subir. No Bahia, por outro lado, os consumidores esperam uma grande safra e, sem pressa de abastecimento, indicam valores mais baixos, afastando os produtores do mercado. Os preços, por enquanto, têm se mantido em patamares remuneradores.

Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, há registro de negócios no disponível a R$ 26,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento em junho. Os preços têm se mantido neste patamar há três semanas. Quanto à comercialização antecipada da 2ª safra de 2018, há registro de negócios a R$ 24,00 por saca de 60 Kg CIF Primavera do Leste, para retirada em julho e pagamento no fim de agosto. As cotações registram alta de até 1,00 por saca de 60 Kg nos últimos sete dias. Os produtores estão retraídos, na expectativa de preços mais altos.

No Paraná, na região norte, a possibilidade de perdas nas lavouras de milho se o déficit hídrico não for amenizado nos próximos dias afasta os produtores do mercado. A indicação de compra está entre R$ 37,00 e R$ 37,50 por saca de 60 Kg. Os valores têm se mantido nesses patamares porque a demanda não está aquecida. Os consumidores alongaram estoques e não precisam de suprimento no curto prazo. Na Bahia, quem age com cautela são os compradores. Esperando uma safra volumosa e preços mais fracos, eles têm indicado R$ 2,00 por saca de 60 Kg abaixo da indicação de venda. Na região de Luís Eduardo Magalhães, indicação de compra está entre R$ 28,00 e R$ 30,00 por saca de 60 Kg. O mercado está bastante lento.


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