Preços do milho firmes com vendedores afastados

A comercialização de milho evolui pouco nas principais regiões do País. Os produtores seguem atentos ao clima e à possibilidade de que as lavouras da 2ª safra de 2018, em especial no Paraná, se ressintam da falta de chuvas regulares nos últimos dois meses, como já vem sendo relatado, e negociam pontualmente. Mesmo onde as condições climáticas são mais favoráveis às lavouras, como em Mato Grosso, a avaliação é de que não se deve ter pressa em fechar novas vendas. Os preços estão firmes. No Paraná, na região de Maringá, os compradores indicam entre R$ 39,00 e R$ 39,50 por saca de 60 Kg, a depender da logística.

No Porto de Paranaguá, a indicação de compra para exportação é de R$ 40,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento em 5 de setembro. Para entrega em agosto nos terminais ferroviários do norte do Paraná, a indicação é de R$ 36,00 por saca de 60 Kg, para pagamento no começo do mês seguinte. Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os produtores têm expectativa de alta. Como já venderam um bom volume da safra ainda no campo, esperam novas reações de preço para voltar ao mercado. Tradings indicam R$ 23,30 por saca de 60 Kg, para retirada em 20 de junho e pagamento em 5 de julho.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a negociação é apenas pontual a R$ 41,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento de 15 a 30 dias. A demanda vem principalmente de compradores de menor porte. As indústrias de maior porte indicam no máximo R$ 39,00 por saca de 60 Kg no disponível. Os preços se mantêm estáveis nos últimos dias. Os vendedores estão retraídos, na expectativa de alta nas cotações. Além disso, há pouco milho por negociar. A negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2018/2019) está travada. No Estado, não é muito tradicional a comercialização futura do milho, porque o cereal é mais suscetível a intempéries climáticas, como estiagem ou geada fora de época.


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