Chicago: tensões com México pressionam futuros

Os contratos futuros de milho fecharam em queda nesta segunda-feira (04/06) na Bolsa de Chicago, influenciados pela preocupação com a tarifa imposta pelos Estados Unidos sobre importações de aço e alumínio do México. O país pode vir a retaliar a medida diminuindo as compras de cereal produzido nos Estados Unidos. O México foi um dos maiores compradores do produto, tanto da safra 2017/2018 como da safra 2018/2019. O vencimento julho perdeu 10,75 cents (2,75%) e fechou a US$ 3,80 por bushel.

As cotações foram pressionadas também por sinais de enfraquecimento da demanda pelo milho norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou em seu relatório semanal de inspeção das exportações que o volume de cereal inspecionado na semana encerrada no dia 31 de maio, foi de 1,554 milhão de toneladas. O número representa queda de 8,83% ante a semana anterior, mas é 32% maior na comparação anual. Além disso, as condições das lavouras de milho dos Estados Unidos seguem direcionando os futuros na Bolsa de Chicago.

O cultivo do milho no país está adiantado ante a média dos últimos cinco anos, de 90%, e chegava a 92% da área prevista na semana passada. A qualidade das plantações é superior à verificada há um ano, com 79% da safra em condição boa ou excelente até o dia 27 de maio. As perdas foram limitadas pela queda do dólar ante as principais divisas internacionais, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros.


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