16/Ago/2019
No Brasil, os preços do milho estão estáveis, sustentados pelo câmbio. Os futuros de milho fecharam em leve alta nesta quinta-feira (15/08) na Bolsa de Chicago, com um movimento de correção técnica. O mercado tinha recuado nas quatro sessões anteriores e acumulado perda de 11,5% no período, refletindo principalmente estimativas baixistas divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na segunda-feira (12/08). O vencimento dezembro ganhou 0,75 cent (0,20%) e fechou a US$ 3,71 por bushel. De modo geral, o apetite pelo cereal está menor, após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgar projeção de aumento de produtividade, produção e estoques finais do país na safra 2019/2020. Os dados surpreenderam o mercado, mas nos dias seguintes o que se observou foi descrença quanto aos números e distanciamento de compradores e vendedores das negociações.
Em Mato Grosso, na região de Rondonópolis, o mercado está parado. Os exportadores seguem indicando R$ 21,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em agosto; R$ 22,00 por saca de 60 Kg, para retirada na fazenda em setembro e R$ 24,00 por saca de 60 Kg em novembro, sempre com pagamento 30 dias depois do embarque. O spot é lento, pois, como a grande parte da produção de milho esperada para a região tinha sido comercializada antecipadamente, está faltando caminhão para carregar o produto, o que vem provocando atraso nos embarques e desestimulando novos negócios para retirada imediata nas propriedades. Muitas tradings estão fechando frete rodoviário direto de Rondonópolis para os portos de Santos (SP) ou de Paranaguá (PR).
A demanda doméstica na região está bastante fraca e, por isso, as indicações de compra têm se mantido em R$ 24,50 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em setembro e pagamento no início do mesmo mês. Apesar da diminuição da demanda e dos preços nesta semana, os vendedores locais ainda acreditam que os preços voltarão a subir nos próximos meses. A negociação antecipada da 2ª safra de 2020 também está muito lenta, desestimulada, assim como no spot, pelo recuo dos preços na semana e indicações mais altas de produtores. Os compradores indicam R$ 23,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em agosto de 2020 e R$ 24,00 por saca de 60 Kg, para retirada em setembro e pagamento 30 dias depois, preços praticamente estáveis desde o início desta semana.
No Paraná, na região norte, o interesse de compra ressurgiu, mas sem expressividade. Os compradores indicam entre R$ 30,50 e R$ 32,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Para entrega nos terminais ferroviários da região norte em setembro e pagamento em outubro, os compradores indicam R$ 30,70 por saca de 60 Kg. No Porto de Paranaguá, a indicação é de R$ 36,00 por saca de 60 Kg, para entrega em setembro e pagamento em outubro. Quanto à comercialização antecipada da 2ª safra de 2020, os compradores indicam R$ 38,50 por saca de 60 Kg no Porto de Paranaguá, para entrega em agosto do ano que vem e pagamento no mês seguinte. Nos terminais ferroviários do norte do Estado, a indicação de compra é de R$ 32,70 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto de 2020 e pagamento em setembro do ano que vem.