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16/Dez/2019

Rações: produção terá forte expansão em 2019

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a produção de ração para a pecuária pode crescer cerca de 3,5% em 2019 e superar a marca de 75 milhões de toneladas. A projeção supera as expectativas iniciais da entidade, divulgadas em julho, que apontavam para um aumento de 2,1% no volume produzido no ano, a 73,7 milhões de toneladas. Os dados consideram a fabricação de alimento e sal mineral. Sazonalmente, a demanda da indústria de carnes para ração se acentua no último trimestre e o cenário positivo para o setor de proteína animal tende a se estender para o ano que vem. A tendência é que a procura dos fabricantes de ração por farelo de soja e milho aumente, impulsionada pelo bom momento das carnes, tanto na exportação quanto na perspectiva de recuperação do mercado interno. Neste contexto, os fabricantes do setor devem consumir, em média, 50 milhões de toneladas de milho em 2020. A projeção é de crescimento para 2020 na indústria de ração. O número é modulado pelo desempenho da indústria de proteínas de origem animal.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estimou que a produção nacional de carne de frango deve fechar 2019 com avanço de 2,3% no comparativo anual, para 13,1*5 milhões de toneladas e, no ano que vem, a perspectiva é de crescimento entre 4% e 5%. O segmento de frango de corte é o principal consumidor de ração animal do País, responsável pela produção de 24,6 milhões de toneladas do alimento no acumulado de janeiro a setembro. O confinamento de gado cresceu nesse ano, ajudou a impulsionar o segmento de alimentação animal e há projeções positivas nesta área para 2020. Dados da Associação Nacional de Pecuária Intensiva (Assocon) indicam que 2019 terminará com, aproximadamente, 3,57 milhões de bovinos confinados, alta de 5% em relação a 2018. O resultado tem como base a apuração feita pela entidade em 1.400 unidades de confinamento no País. No que se refere à aquisição de insumos, o câmbio acima de R$ 4,20 preocupa o setor, pois diversos itens utilizados na fabricação dos alimentos de animais vêm do mercado internacional.

Neste ano, a produção de alimentação animal aumentou 3% no acumulado até setembro, para 52,8 milhões de toneladas. Considerando a perspectiva de maior demanda por rações pela cadeia de carnes nos três últimos meses do ano, é provável que a produção em 2019 revele uma expansão ainda maior. Nos nove primeiros meses do ano, um dos destaques foi a área de suínos, cuja produção de alimentação para o setor avançou 4,4% no comparativo anual, para 12,5 milhões de toneladas. O resultado reflete a demanda chinesa por compra da proteína brasileira, impulsionada pelo surto de peste suína africana (PSA) no país asiático. O produtor de frangos de corte, responsável pela maior participação no mercado de alimentação animal, demandou 24,6 milhões de toneladas de ração de janeiro a setembro, um avanço de 2,9%. Além dos efeitos da PSA, a produção de frangos cresceu estimulada também pela necessidade do consumidor brasileiro de alternativas mais econômicas para consumo, quando comparada à carne bovina, bastante valorizada no período.

Ainda no setor de aves, no entanto, a produção de rações para galinhas de postura recuou 1,49%, para 4,8 milhões de toneladas no período avaliado, contrariando as expectativas do setor. Na bovinocultura de corte, a produção foi de 2,1 milhão de toneladas, incremento de 2,7%, sobretudo pela valorização crescente da arroba no segundo semestre. A tendência de escassez de oferta de bois terminados e os embarques demandados pelos chineses provavelmente impulsionarão o preço a ser pago pelos frigoríficos e inflacionarão a carne bovina no varejo no período próximo às festas de final de ano. A cadeia pecuária leiteira, por sua vez, demandou 4,5 milhões de toneladas de janeiro a setembro, um avanço de 4,5%, marca que demonstra moderação daquele ímpeto crescente na utilização das rações e concentrados pelo produtor, provavelmente desmotivado pela valorização dos grãos adicionados à alimentação animal e pela qualidade das pastagens favorecidas pelas chuvas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.