29/Mar/2021
Para o Ministério da Agricultura, há consenso de que é necessário volume maior para o programa de subvenção ao seguro rural, ainda que se saiba dos limites orçamentários do País. O Ministério vai encaminhar demanda de recurso para subvenção (para safra 2021/2022, ano de 2022) igual ou superior ao desse ano (2021). O Mapa vai seguir buscando recurso maior, melhora nas apólices e que mais agentes entrem no processo. O seguro rural é prioridade e continuará sendo. Em 2019, quando a ministra (Tereza Cristina) assumiu, o horizonte era chegar a R$ 2 bilhões pelo menos em 2022. Agora, já está em R$ 1,3 bilhão. Mas, por restrições orçamentárias, o volume aprovado até agora para 2021 está próximo de R$ 1 bilhão.
Para aumentar o valor destinado à subvenção do seguro, o orçamento precisará ser confirmado. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu que o seguro rural deve ter previsibilidade em relação aos recursos na próxima safra, 2021/2022, que se inicia em 1º de julho. Mesmo que os recursos sejam menores este ano (no ano-safra passado havia verba prevista de R$ 1,3 bilhão), importante é que eles sejam efetivamente comprometidos com o seguro rural. Há o risco de a verba inicial não ser 100% empenhada na subvenção ao prêmio do seguro para agricultores. Isso dá segurança não só para o produtor rural, mas também ao mercado, que o produtor vai conseguir honrar seus compromissos. Outro fator é o diálogo constante com o setor, que coloca pontos que devem ser melhorados no produto rural e se criar a cultura do seguro nas bases produtores.
A CNA quer fazer isso, com cursos e colocando o tema de uma forma mais forte. Ainda citando a importância do seguro rural, a entidade lembrou que no ano passado R$ 4,4 bilhões foram pagos aos produtores rurais na forma de seguro rural ou Proagro. É bom lembrar que esse valor, chegando ao produtor, ele deixa de ser renegociado como dívida. A questão do seguro ajudou muito. Então, ele precisa de aporte, pelo menos no início, até para que a política seja massificada. É preciso reforçar a questão da manutenção do orçamento, principalmente para seguro e crédito rural. A imagem que se tem do setor hoje é que ele está indo muito bem e que, justamente por isso, pode-se tirar um pouco dele. Mas, é bom lembrar que os preços agropecuários subiram, mas os custos de produção também subiram. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.