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07/Abr/2021

Confiança dos empresários: forte recuo em março

A acentuada queda do Índice de Confiança Empresarial (ICE) medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) em março indica que o crescente pessimismo observado há vários meses se intensificou com rapidez. Depois de ter alcançado 97,5 pontos em setembro, o índice mais alto desde o último trimestre de 2019 e indicação de forte recuperação após a chegada da pandemia (em abril do ano passado, despencara para 55,9 pontos), o ICE vinha caindo. Mas, a queda de 5,6 pontos entre fevereiro e março (o ICE passou de 91,1 para 85,5 pontos) é muito mais ampla do que as registradas nos meses imediatamente anteriores. Com a piora do quadro de pandemia no País, a confiança empresarial sofreu um forte recuo em março.

A piora não parece passageira. Caem tanto o Índice de Situação Atual, que mede a percepção do quadro do momento, como o Índice de Expectativas, que reflete as expectativas em relação aos próximos meses. Quanto a este último, o aumento do pessimismo foi expressivo, afetando as perspectivas de vendas e de contratações. O ICE reúne os resultados das sondagens da indústria, dos serviços, do comércio e da construção. O aumento do pessimismo está disseminado por todos os segmentos. A confiança do comércio despencou, ficando abaixo da confiança dos serviços, que já estava muito baixa em fevereiro. A distância entre a confiança da indústria, em queda mais elevada, e a dos demais setores atingiu um recorde histórico em março.

Indicadores da atividade econômica divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e por diferentes associações empresariais e instituições acadêmicas já vêm, há algum tempo, mostrando uma desaceleração da recuperação da atividade econômica iniciada em abril ou maio do ano passado. O quadro conjuntural também marcado por sinais pouco otimistas turva todo o cenário. Entre esses sinais estão a aceleração da inflação; a persistência de altas taxas de desocupação e até mesmo seu aumento, como mostrou a Pnad Contínua; as dificuldades crescentes de uma política fiscal marcada por gestão errática; e a lentidão da vacinação da população. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.