23/Abr/2021
O discurso do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula de Líderes sobre o Clima foi avaliado como positivo e construtivo pelo governo norte-americano, mas auxiliares de Joe Biden afirmaram que a credibilidade de Bolsonaro se apoiará somente em planos sólidos. Alcançar a neutralidade de carbono até 2050, dez anos antes do compromisso anterior e sem pré-condições, é significativo, assim como seu compromisso de dobrar os fundos disponíveis para fiscalização, um passo crucial para eliminar o desmatamento ilegal até 2030. O governo norte-americano espera ainda um cronograma mais detalhado sobre como as metas estabelecidas pelo governo federal brasileiro serão atingidas. O governo norte-americano se mostrou satisfeito que o presidente Bolsonaro tenha reconhecido o importante papel do setor privado em ajudar a encontrar soluções.
Também foi considerada favorável a ênfase no envolvimento necessário dos povos indígenas e comunidades tradicionais na proteção das florestas em pé e da biodiversidade, e com seu reconhecimento do importante papel do setor privado em nos ajudar a encontrar soluções. Houve progressos na pauta ambiental apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima. Porém, a credibilidade é o problema. O Brasil alterou as propostas apresentadas antes, em dezembro, adiantando para 2050, em vez de 2060, a intenção de zerar as emissões de gases do efeito estufa. Entretanto, a fala do presidente ignorou o plano recentemente apresentado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão. Publicada no Diário Oficial da União de 9 de abril, a Resolução número 3, do Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidida por Mourão, apresentava as propostas para reduzir o desmatamento e as emissões na Amazônia entre 2021 e 2022.
Mesmo também tendo avançado, em seu pronunciamento em relação à carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, há alguns dias, Jair Bolsonaro ainda tem como desafio construir a credibilidade do País, pois as mudanças, mesmo melhorando, indicam fragilidade das políticas. Em seu discurso na Cúpula do Clima, Bolsonaro se comprometeu a alcançar a neutralidade climática no Brasil até 2050, antecipando em dez anos a sinalização anterior. Além disso, disse que o Brasil pretende eliminar o desmatamento ilegal até 2030, com a plena e pronta aplicação do Código Florestal, afirmando que a medida reduzirá em quase 50% as emissões de gases do efeito estufa no País até esta data. Bolsonaro também voltou a pedir a ajuda de recursos internacionais para a preservação ambiental no Brasil. Fonte: Folha de São Paulo e Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.