12/Mai/2021

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril com alta de 0,31%, ante um avanço de 0,93% em março. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,37%. Em 12 meses, o resultado foi de 6,76%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 0,38% em abril, após um avanço de 0,86% em março. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 2,35% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 7,59%. Em abril de 2020, o INPC tinha sido de -0,23%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados.

A alta de 0,31% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em abril fez a taxa de inflação em 12 meses atingir o maior patamar desde novembro de 2016, quando estava em 6,99%. Em abril de 2020, o IPCA ficou em -0,31%. Como resultado, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses acelerou de 6,10% em março para 6,76% em abril, ante uma meta de 3,75% perseguida pelo Banco Central este ano. O IPCA está acima do teto da meta para este ano, que seria de 5,25%. Os gastos das famílias com transportes passaram de uma alta de 3,81% em março, para um recuo de 0,08% em abril, um impacto negativo de 0,02% sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os preços dos combustíveis recuaram 0,94% em abril.

A gasolina diminuiu 0,44%, impacto de -0,03%, interrompendo uma sequência de 10 meses de avanços, período em que acumulou uma alta de 42,39%. É o item de maior peso no IPCA, pesa 5,86%. Em abril, o etanol ficou 4,93% mais barato, contribuindo com -0,04% para o IPCA do mês. Houve avanços nos preços dos automóveis novos (1,01%) e automóveis usados (0,57%). As passagens aéreas subiram 6,41%, a primeira alta de preços do ano. O ônibus urbano teve elevação de 0,05%, em consequência do reajuste de 4,76% no preço das passagens em Salvador (BA) desde 26 de abril. O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma elevação de 0,13% em março para um aumento de 0,40% em abril. O grupo contribuiu com 0,09% para a taxa de 0,31% do IPCA no mês.

A alimentação no domicílio subiu 0,47% em abril. As carnes aumentaram 1,01%, impacto de 0,03%, acumulando uma alta de 35,03% nos últimos 12 meses. Também ficaram mais caros o leite longa vida (2,40%), frango em pedaços (1,95%) e tomate (5,46%). As frutas recuaram 5,21%, maior impacto negativo no mês, -0,05%. A alimentação fora do domicílio aumentou 0,23% em abril. O lanche teve uma queda de 0,04%. As famílias gastaram 0,22% a mais com habitação em abril, uma contribuição de 0,03% para a taxa de 0,31% registrada em abril.

O gás de botijão subiu 1,15% em abril, após já ter aumentado 4,98% em março. O gás de botijão acumula uma alta de 22,51% em 11 meses de aumentos consecutivos. A energia elétrica recuou 0,04% em abril. Apesar da manutenção da bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,343 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos, houve quedas nos preços em São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS), por conta da diminuição das alíquotas de PIS/COFINS, enquanto a tarifa foi reajustada no Rio de Janeiro (RJ). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.