26/Mai/2021
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,44% em maio, após ter avançado 0,60% em abril. Com esse resultado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 3,27% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 7,27%. A alta de 0,44% registrada em maio foi a mais elevada para o mês desde 2016, quando ficou em 0,86%. O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses passar de 6,17% em abril para 7,27% em maio, número mais elevado desde novembro de 2016, quando a taxa foi de 7,64%. No mês de maio de 2020, o IPCA-15 tinha recuado 0,59%. Influenciado pelo recuo de 28,85% nas passagens aéreas, o grupo Transportes passou de um avanço de 1,76% em abril para uma queda de 0,23% em maio. O grupo deu a única contribuição negativa para a taxa de 0,44% do IPCA-15 de maio, o equivalente a -0,05%. Os preços das passagens aéreas recuaram em todas as áreas pesquisadas.
A queda menos intensa foi a de 10,90% registrada em Belém (PA), enquanto a mais aguda foi de 37,10% verificada em Brasília (DF). Também houve recuos nos preços dos transportes por aplicativo (-9,11%) e do seguro voluntário de veículo (-3,18%). Por outro lado, os automóveis novos ficaram 1,16% mais caros, um impacto de 0,03% no IPCA-15. O conserto de automóvel subiu 1,05%, o metrô aumentou 0,46%, e o ônibus urbano teve alta de 0,25%. A gasolina ficou 0,29% mais cara em maio, acumulando uma alta de 41,55% nos últimos 12 meses. Os gastos das famílias com alimentação e bebidas subiram mais na passagem de abril para maio. O grupo Alimentação e bebidas passou de um aumento de 0,36% em abril para uma elevação de 0,48% em maio, uma contribuição de 0,10% do grupo para a taxa de 0,44% do IPCA-15 deste mês. A alimentação no domicílio saiu de uma alta de 0,19% em abril para um avanço de 0,50% em maio.
As carnes subiram 1,77% em maio, acumulando uma alta de 35,68% nos últimos 12 meses. O tomate subiu 7,24% este mês. Por outro lado, as frutas recuaram 6,45%, um impacto negativo de 0,06%. A alimentação fora do domicílio subiu 0,43% em maio, com aumentos mais brandos no lanche (0,72%) e na refeição fora de casa (0,16%). Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de um aumento de 0,45% em abril para um avanço de 0,79% em maio. O grupo deu uma contribuição de 0,12% para a inflação de 0,44% deste mês. O resultado de maio foi puxado pela alta de 2,31% na energia elétrica, item de maior impacto individual no IPCA-15 do mês, uma contribuição de 0,10%. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos, depois de quatro meses seguidos da bandeira amarela, cujo acréscimo é menor, de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Também houve reajustes nas contas de luz de Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Recife (PE). O gás de botijão subiu 1,45% em maio, o 12º mês consecutivo de aumentos. O gás encanado teve alta de 2,03%, devido a reajustes no Rio de Janeiro e Curitiba. A taxa de água e esgoto aumentou 0,29%, como consequência do reajuste de 7,10% nas tarifas de São Paulo (SP). As famílias brasileiras gastaram 1,23% mais com Saúde e cuidados pessoais em maio. O grupo deu a maior contribuição para a inflação do mês, um impacto de 0,16% para a taxa de 0,44% do IPCA-15 de maio. O avanço foi impulsionado pela alta nos preços dos produtos farmacêuticos (2,98%), devido ao reajuste de 10,08% nos preços dos medicamentos autorizados pelo governo a partir de 1º de abril. Os destaques foram os remédios antialérgicos e broncodilatadores (5,16%), dermatológicos (4,63%), anti-infecciosos e antibióticos (4,43%) e hormonais (4,22%).
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registraram aumentos de preços em maio. A única queda foi em Transportes, um recuo de 0,23%. A maior alta foi a do grupo Vestuário, 1,42%, que contribuiu com 0,06% para o IPCA-15 de maio. Todos os itens pesquisados no grupo tiveram aumentos de preços, com destaque para as joias e bijuterias (2,35%) e as roupas femininas (2,00%). Os demais avanços ocorreram em Educação (0,08%), Comunicação (0,03%), Alimentação e bebidas (0,48%), Artigos de residência (0,89%), Saúde e cuidados pessoais (1,23%), Despesas pessoais (0,09%) e Habitação (0,79%). O resultado do IPCA-15 em maio foi decorrente de aumentos de preços em 10 das 11 regiões pesquisadas. A única área com deflação foi Brasília - DF (-0,18%), enquanto a maior elevação de preços ocorreu em Fortaleza - CE (1,08%). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.