27/Mai/2021
Segundo a Pesquisa ABMR&A Hábitos do Produtor Rural, da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio, quase dois terços dos produtores rurais do País afirmam que a pandemia pouco afetou seus negócios. De acordo com o levantamento, 64% dos entrevistados dizem que a crise de saúde teve baixo impacto em suas atividades. O impacto foi médio para 11% dos produtores e, para 25%, foi alto. Para elaborar a pesquisa, a ABMR&A ouviu 3.048 produtores rurais entre outubro de 2020 e janeiro deste ano, em 16 Estados de todas as Regiões do País. O levantamento anterior da ABMR&A havia sido elaborado em 2017. O agro não parou e continuou trabalhando para não faltar comida para o consumidor brasileiro e para manutenção da produção destinada à exportação. A percepção da imagem do produtor rural entre o restante da população também melhorou no período.
Antes da pandemia, a percepção dos produtores era "excelente" para 31% dos entrevistados. A fatia subiu para 46% na nova edição do levantamento. O WhatsApp é a ferramenta digital mais presente no cotidiano dos produtores rurais. Dos entrevistados, 76% disseram utilizar o aplicativo de mensagens em seus negócios. Ao todo, 57% dos produtores afirmaram que utilizam sites e 48%, as redes sociais. Apenas 6% utilizam e-mail. Com a disseminação das ferramentas digitais, o uso de smartphones também cresceu nos últimos anos: em 2017, 61% dos entrevistados disseram ter um aparelho em casa; agora, a fatia passou a ser de 94%. Além disso, o aumento da presença dos produtores rurais nas redes sociais também mostra potencial para que empresas de software e informação utilizem esse canal. O smartphone permite ao produtor se familiarizar com as tecnologias e torna a internet algo mais familiar.
A pesquisa mostrou também que muitos produtores ainda utilizam recursos próprios em detrimento do crédito rural para o custeio de insumos para a produção agrícola. Segundo o levantamento, 83% dos entrevistados disseram que usam recursos próprios ou da família para as despesas com a produção no campo, fatia pouco acima dos 80% da pesquisa de 2017. O crédito rural apareceu em segundo lugar no financiamento do custeio, com 24% dos entrevistados declarando que utilizam essa modalidade (em 2017, eram 39%), seguido por empréstimos bancários, com 21% (na pesquisa anterior eram 17%). A venda antecipada da produção apareceu com apenas 1%; no levantamento anterior, a fatia foi de 2%. Para bancar os investimentos, 58% dos entrevistados disseram que utilizam recursos próprios; em 2017, eram 69%. A fatia do crédito rural despencou, passando de 69% na pesquisa anterior para 36% na nova edição. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.