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09/Set/2021

Caminhoneiros fazem protestos pontuais pelo País

Movimento intitulado de caminhoneiros patriotas realiza protestos pelo País nesta quarta-feira (08/09), na esteira de manifestações em prol do governo Bolsonaro que ocorreram no dia 7 de setembro. Há relatos de atos nas margens de rodovias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Espírito Santo e de presença de transportadores na Esplanada dos Ministérios. Não há registros de interdição de rodovias. Um dos líderes do movimento, Francisco Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro e presidente da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC) diz que entregará um documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pedindo a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal. O documento também será entregue ao presidente Jair Bolsonaro. Ele fala também em um prazo de 24 horas para a resposta das autoridades ao pedido do movimento. A paralisação, contudo, não é uma decisão unânime da categoria.

Entidades que representam caminhoneiros autônomos e que chamam mobilizações a favor de demandas específicas da categoria não aderiram aos atos. Na semana passada, representantes da categoria já consideravam que poderia haver a presença pontual de transportadores nos movimentos, mas de forma isolada, sem organização associativa. A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), a Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens-SP), o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam) informaram que não apoiam a paralisação e não estão participando dos atos.

O presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, avalia que o movimento é de cunho político com participação de empresários de transporte e seus funcionários celetistas, e não de transportadores autônomos. Para ele, os caminhoneiros estão sendo usados como massa de manobra. Existe um movimento com interesse de empresas e do agronegócio atrás do financiamento desses atos. Está claro que a pauta não é da categoria. De acordo com ele, uma greve geral neste momento seria prejudicial às atividades dos autônomos. Uma paralisação nesse momento tiraria vários transportadores do ramo e ainda em uma pauta política seria prejudicial à categoria. Muitos motoristas não conseguiriam parar 10 a 15 dias, afirmou Chorão, que foi um dos principais líderes da categoria na greve de 2018.

A CNTTL relatou ter visto alguns pontos de manifestações de caminhoneiros, conforme era esperado diante de manifestações do presidente Jair Bolsonaro. Há veículos do agronegócio, como tratores e máquinas agrícolas, e a ala de “patriotas” apoiadores do presidente Bolsonaro. Mas, o transportador autônomo vai continuar tentando trabalhar. A CNTTL enviou recentemente um ofício ao presidente do STF, ministro Luiz Fux, repudiando os atos extremistas, as declarações do cantor Sérgio Reis e de "pseudo lideranças" de caminhoneiros, dizendo que não compactua com nenhuma manifestação antidemocrática. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.