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13/Jun/2022

Grãos: ONU busca acordo de exportação da Ucrânia

A Organização das Nações Unidas (ONU) negocia com Rússia e Ucrânia um acordo que permita liberar as exportações de alimentos e fertilizantes ucranianos retidos pela guerra. O esforço diplomático, anunciado na quinta-feira (09/06) vem no momento em que os governos de Rússia e Ucrânia culpam um ao outro pela crise. A Rússia impôs sua superioridade naval no Mar Negro, conquistando boa parte das cidades e portos ucranianos. A reação da Ucrânia, para impedir o avanço russo, foi minar vias marítimas de acesso aos portos, como em Odessa, ainda sob controle ucraniano. As ofensivas e contraofensivas interromperam o principal canal de escoamento de commodities ucranianas.

A guerra ameaça desencadear uma onda sem precedentes de fome e miséria, deixando o caos social e econômico em seu rastro. O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pediu nesta quinta a exclusão da Rússia da FAO (agência da ONU para alimentação e agricultura). Ele acusou a Rússia de estar provocando a fome de pelo menos 400 milhões de pessoas, talvez mais de um bilhão de pessoas. Há entre 20 milhões e 25 milhões de toneladas de grãos bloqueadas na Ucrânia, uma quantidade que pode chegar a 75 milhões de toneladas no segundo semestre do ano.

A Rússia tenta minimizar o impacto de sua operação militar na Ucrânia no aumento do preço internacional de cereais, afirmando que a comunidade internacional está exagerando a importância da produção ucraniana para o mundo. Embora a Rússia diga que outros fatores como a seca estejam prejudicando a produção e o abastecimento ao redor do mundo, várias organizações internacionais, como o Banco Mundial, apontam a guerra na Ucrânia como um fator decisivo. Juntos, Rússia e Ucrânia respondem por cerca de 30% das exportações mundiais de trigo.

Até a invasão, as exportações mensais ucranianas representavam 12% do trigo mundial, 13% do milho e 50% do óleo de girassol. Apesar dos riscos de desabastecimento, o clima segue tenso. A Rússia afirmou que a guerra não era a causa da crise alimentar. A Ucrânia respondeu, apontando que a verdadeira causa da crise é a invasão russa, não as sanções. Enquanto isso, a proposta costurada por Turquia e Rússia para a criação de um corredor seguro no Mar Negro, para permitir as exportações da Ucrânia, segue paralisada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.