24/Jun/2022
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos, reafirmou que o Plano Safra 2022/2023, que se inicia oficialmente em 1º de julho, deve ser anunciado na semana que vem. O Ministério da Agricultura ainda está em intensas negociações com o Ministério da Economia e o Banco Central. Neste ano, todo o sistema de contenção de gastos está sendo posto em “xeque". Trata-se do teto de gastos, da Selic mais alta, do alto custo de produção e do ambiente inflacionário. Então, a calibragem do Plano Safra este ano, particularmente, tomou um contorno muito complicado e é por isso que ainda não foi possível anunciá-lo.
O Plano Safra 2022/2023 terá foco nos pequenos e médios produtores. Porém, a diversificação das fontes de financiamento é fundamental, sobretudo o estímulo à concorrência pelos recursos equalizados. Há mais de 20 bancos apresentando condições para equalização de juros, o que é saudável e possibilita a redução de taxas de juros na próxima safra. O capital de giro necessário para levar à frente a safra 2022/2023, que se inicia oficialmente em 1º de julho, está em torno de R$ 740 bilhões. Diante de tamanho volume de recursos, o Plano Safra não tem condições de atender, sozinho, 100% das necessidades de financiamento do agricultor.
Será preciso recursos privados de bancos. Há, ainda, operações de barter feitas pelos produtores (troca de insumos por sacas de milho ou soja, por exemplo), que ainda são caras, mas é que o movimenta a safra. Justamente a garantia de financiamento privado na produção agrícola é o que permite prever, mesmo antes do anúncio do Plano Safra 2022/2023, o aumento de área plantada e de produção. Isso significa que há outros mecanismos de financiamento para o produtor tomar sua decisão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.