18/Ago/2022
De acordo com Índice de Preços ao Consumidor do Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), o recuo de Transportes, de 2,33%, foi o principal responsável pela deflação de 0,03% na segunda quadrissemana de agosto ante a primeira. No entanto, foi o arrefecimento de Alimentação, que passou de alta de 0,68% para 0,34%, que chamou a atenção. A alimentação vai sofrer uma desaceleração importante, o que é uma ótima notícia. Não adianta baixar a gasolina, que tem um impacto muito grande nas famílias de alta renda, enquanto o que pesa mesmo para as famílias de baixa renda, a maioria da população, é a alimentação em domicílio.
A desaceleração do componente é atribuída principalmente aos produtos in natura, diante de um alívio já esperado por fatores sazonais. Para os produtos industrializados, apesar de ainda existir um comportamento de elevação, alguns itens já começam a apresentar queda na ponta. Há alívios de óleo de soja, carne suína e açúcar, e previsão de queda, em breve, para o pão francês. Mas, é preciso esperar para ver se é realmente uma tendência. Em relação ao leite, que apresenta peso grande no índice e continua subindo, o item está chegando a um patamar máximo. A ponta está em 2,03%, mas já chegou a ser de 24,0%. Ainda sobe de preço, mas em um ritmo muito menor, começando a estabilizar.
Considerando a melhora dos pastos, devido à mudança de estação climática, é possível que o item comece a inverter essa trajetória de alta e apresente queda a partir de meados de setembro. De outro lado, há aceleração de alimentação fora do domicílio, impulsionada pelo aquecimento do setor de serviços. A previsão é de arrefecimento de Alimentação a 0,10% no fechamento de agosto. Após a deflação apurada pelo indicador na segunda quadrissemana do mês, a projeção para a inflação medida pelo IPC em agosto foi alterada, de alta de 0,33% para 0,29%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.