25/Ago/2022
Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado nesta quarta-feira (24/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os gastos das famílias com alimentação e bebidas passaram de uma elevação de 1,16% em julho para uma alta de 1,12% em agosto. O grupo Alimentação e bebidas deu uma contribuição de 0,24% para a taxa de -0,73% do IPCA-15 deste mês. A alimentação no domicílio subiu 1,24% em agosto. A alta foi puxada por um novo encarecimento do leite longa vida, que subiu 14,21% em agosto, item de maior pressão individual no IPCA-15 do mês, 0,14%. O leite longa vida já acumula uma alta de 79,79% no ano. As famílias também pagaram mais em agosto pelas frutas (2,99%), queijo (4,18%) e frango em pedaços (3,08%). A alimentação fora do domicílio subiu 0,80% em agosto. A refeição fora de casa ficou 0,72% mais cara, enquanto o lanche subiu 0,97%. Seis dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram altas de preços em agosto.
Houve deflação em Habitação (-0,37%), Transportes (-5,24%) e Comunicação (-0,30%, impacto de -0,01%). Em Comunicação, os planos de telefonia fixa recuaram 2,29% em agosto, enquanto os planos de telefonia móvel caíram 1,04%. Os aparelhos telefônicos registraram alta de 0,57%. As famílias gastaram mais em agosto com Alimentação e bebidas (1,12%), Vestuário (0,76%), Educação (0,61%), Artigos de residência (0,08%), Despesas pessoais (0,81%, impacto de 0,08%) e Saúde e cuidados pessoais (0,81%, impacto de 0,10%). A alta em Saúde e cuidados pessoais foi puxada pelo encarecimento dos planos de saúde, que subiram 1,22%, de acordo com a fração mensal do reajuste de 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio para os planos novos. O resultado de Porto Alegre (RS) incorporou também a fração mensal de julho, que não havia sido contabilizada no índice anterior. Além disso, os itens de higiene pessoal subiram 1,03% em agosto. No grupo Despesas Pessoais, houve pressão dos aumentos de custos dos subitens empregado doméstico (0,80%) e cigarro (3,32%).
Em Educação, houve altas de preços nos cursos regulares, que subiram 0,52%, principalmente por conta dos subitens creche (1,47%), ensino fundamental (0,71%) e ensino superior (0,44%). Os cursos diversos aumentaram 1,18%, pressionados pelos cursos de idiomas (2,15%) e cursos preparatórios (2,04%). O resultado geral do IPCA-15 em agosto foi decorrente de quedas de preços em todas as 11 regiões pesquisadas. A taxa mais baixa ocorreu em Belo Horizonte - MG (-1,58%), enquanto a queda mais leve foi registrada em São Paulo - SP (-0,11%). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou queda de 0,73% em agosto, após ter avançado 0,13% em julho. A queda foi menor do que a mediana das estimativas, mas ficou dentro do intervalo esperado pelos analistas, que ia de uma queda de 1,32% a 0,38%. Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumulou um aumento de 5,02% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 9,60%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.