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21/Set/2022

Brasil pode atrair investimentos para zerar emissões

De acordo com estudo da consultoria norte-americana Boston Consulting Group (BCG), o Brasil pode receber uma injeção de US$ 2 trilhões a US$ 3 trilhões em investimentos a partir do compromisso de empresas brasileiras em zerar as emissões de gases do efeito estufa, principais causadoras das mudanças climáticas, até 2050. Nesta conta, estão iniciativas de descarbonização em quatro áreas principais: créditos de carbono, energia limpa, agricultura sustentável e uma revolução verde no setor industrial. A cifra corresponde ao peso do Brasil no mundo, de 2% a 3%, conforme o estudo da BCG, divulgado durante o Brazil Climate Summit, evento realizado na Universidade de Columbia, em Nova York, entre os dias 15 e 16 de setembro.

Nas próximas três décadas, estima-se que a migração para uma economia descarbonizada vai exigir investimentos da ordem de US$ 100 trilhões a US$ 150 trilhões ao redor do globo. No Brasil, a mudança para uma economia de zero emissão pode ajudar a dobrar os investimentos verdes. Somente os investimentos necessários para conduzir a economia brasileira para um patamar de zero emissão alcançariam a casa dos US$ 2 trilhões em três décadas. Mas, se as empresas forem além, adotando estratégias adicionais em diversas áreas como em relação aos créditos de carbono, reflorestamento, dentre outras, tal montante tem potencial de alcançar os US$ 3 trilhões até 2050. Há todo um caminho a ser percorrido, com compromissos em cada setor da economia brasileira. Para alcançar os US$ 3 trilhões, será preciso ir além nas iniciativas, o que é factível.

Há uma oportunidade gigantesca no Brasil, com os avanços já feitos pelo País em soluções pró-clima, como, por exemplo, a matriz energética limpa, que atualmente responde por 85%, ante 26% do patamar global. Os investimentos para um Brasil sem emissão virão, sobretudo, da iniciativa privada, visando uma agenda verde no longo prazo. O setor público não tem recursos suficientes para seguir a agenda verde que o País necessita. Quanto ao impacto da ação do governo brasileiro, bastante criticado no exterior pelo aumento do desmatamento e a carência de políticas ambientais, o foco agora é a contribuição do setor privado. É uma agenda que não depende do governo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.