26/Set/2022

Para o presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Nilson Leitão, pode haver divisão eleitoral entre o "agro produtor" e o "agro exportador" nesta eleição. Na avaliação dele, em virtude da pressão ambiental internacional, o setor exportador tende a se afastar do governo de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Os exportadores acabam sofrendo mais quando tem algum tipo de relacionamento ruim ou desajuste na política internacional. Ele diz ter convicção que produtor rural produz com sustentabilidade e que outros países não teriam a capacidade de atender às regras que o Código Florestal Brasileiro exige. Não tem nenhum País no mundo que precisa ter reserva florestal na sua propriedade, onde você compra área e só pode usar 20%. Os malfeitos ambientais são um problema de polícia, e não do produtor rural, observou Leitão.

Ele afirmou que que vê com "tranquilidade" a divisão na bancada ruralista, com alguns parlamentares apoiando a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros se aproximando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sempre foi assim, pois a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) é suprapartidária. Sobre a aproximação de parlamentares ligados à FPA, como o deputado federal Neri Geller (PP-MT) e o senador licenciado Carlos Favaro (PSD-MT) a Lula, interlocutores do petista com o setor produtivo em Mato Grosso, Leitão avaliou ser uma aliança programática e pragmática, por falta de palanque local a estes políticos e alinhamento ao projeto de governo do ex-presidente. Leitão comentou também sobre a declaração inédita de apoio do presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, ao presidente Bolsonaro durante evento da entidade em agosto. Para ele, foi uma declaração pessoal do presidente da CNA em evento interno do sistema. Não foi um evento para discutir política. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.