10/Out/2022
Após o recuo do comércio varejista em agosto registrado pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), o Goldman Sachs considerou que o cenário doméstico do país, com maior endividamento das famílias e condições de crédito exigentes, pode atrapalhar os próximos resultados do varejo. Condições financeiras domésticas apertadas, níveis recordes de endividamento das famílias e condições de crédito cada vez mais exigentes devem gerar dificuldades crescentes para a atividade de varejo nos próximos meses. Por outro lado, o declínio do preço dos combustíveis e das tarifas de energia e telecomunicações, além de transferências fiscais para as famílias, com incentivo ao consumo, firmando confiança do consumidor, devem trazer algum suporte de curto prazo ao varejo.
No resultado de agosto, a queda foi impulsionada pela retração nas vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-1,4%), outros artigos de uso pessoal (-0,7% para -1,2%) e artigos farmacêuticos, médicos ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,7% para -0,3%). Por outro lado, o resultado foi suportado pelos números positivos de tecido, vestuário e calçados (-13,0% para 13,0%), combustíveis e lubrificantes (12,6% para 3,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,9% para 2,1%), móveis e eletrodomésticos (-3,3% para 1,0%) e alimentos e bebidas (-0,7% para 0,2%). As vendas do varejo ampliado foram sustentadas pelo aumento de veículos, motocicletas, partes e peças (-2,7% para 4,8%), mas puxadas para baixo por materiais de construção (-2,0% para -0,8%). O Goldman Sachs destacou ainda o fato de que as vendas no varejo ampliado estão 3,0% abaixo do nível pré-pandemia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.