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13/Out/2022

Inflação: menor índice já registrado para setembro

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou setembro com queda de 0,29%, ante um recuo de 0,36% em agosto. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 4,09%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 7,17%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve redução de 0,32% em setembro, após uma queda de 0,31% em agosto. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 4,32% no ano. A taxa em 12 meses foi de 7,19%. Em setembro de 2021, o INPC tinha sido de 1,20%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados. A queda de 0,29% registrada pelo IPCA em setembro foi a deflação mais intensa para o mês da série histórica, iniciada em janeiro de 1980 pelo IBGE. No mês de setembro de 2021, o IPCA tinha sido de 1,16%. A taxa em 12 meses passou de 8,73% em agosto para 7,17% em setembro.

O resultado foi o mais baixo desde abril de 2021, quando estava em 6,76%. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,5%, que tem teto de tolerância de 5%. Os gastos das famílias com transportes passaram de uma redução de 3,37% em agosto para um recuo de 1,98% em setembro, um impacto de -0,41% sobre a taxa de -0,29% registrada IPCA no último mês. A queda foi puxada pela redução de 8,50% no preço dos combustíveis. A gasolina caiu 8,33%, o impacto negativo mais intenso entre os 377 subitens que compõem IPCA, com -0,42%, enquanto o etanol recuou 12,43%, uma contribuição de -0,09%. O preço do gás veicular diminuiu 0,23%, e o óleo diesel caiu 4,57%. Houve recuo também nos preços das motocicletas (-0,08%), automóveis novos (-0,15%) e automóveis usados (-0,38%). Nos transportes públicos, o ônibus urbano caiu 0,34%. Por outro lado, as passagens aéreas tiveram alta de 8,22%, o maior impacto individual positivo no índice de setembro, 0,05%. Houve aumento também do transporte por aplicativo (6,14%).

O grupo Alimentação e bebidas saiu de um aumento de 0,24% em agosto para um recuo de 0,51% em setembro. O grupo contribuiu com -0,11% para a taxa de -0,29% do IPCA do último mês. A alimentação no domicílio caiu 0,86% em setembro. Os preços do leite longa vida recuaram 13,71%, contribuindo com -0,15% para o IPCA do mês. Apesar da queda, o leite ainda acumula uma alta de 36,93% nos últimos 12 meses. Em setembro, houve redução nos preços do óleo de soja, -6,27%, um impacto de -0,02%. Por outro lado, a cebola subiu 11,22%, uma contribuição de 0,02%. A alimentação fora do domicílio aumentou 0,47% em setembro. A refeição fora de casa aumentou 0,34%, e o lanche teve elevação de 0,74%. As famílias brasileiras gastaram 0,60% a mais com habitação em setembro, uma contribuição de 0,09% para a taxa de -0,29%. A energia elétrica residencial subiu 0,78% em setembro, após a queda de 1,27% observada no mês anterior. A taxa de água e esgoto aumentou 0,27% em setembro, enquanto o gás encanado subiu 0,11%.

Quatro dos nove grupos que integram o IPCA registraram quedas de preços em setembro. As famílias gastaram menos com Alimentação e bebidas (-0,51, impacto de -0,11%), Transportes (-1,98%, impacto de -0,41%), Artigos de residência (-0,13%, impacto de -0,01%) e Comunicação (-2,08%, impacto de -0,11%). O recuo do grupo Comunicação foi puxado por acesso à internet (-10,55%) e por telefonia, internet e tv por assinatura (-2,70%). Juntos, os dois subitens contribuíram com -0,09% no IPCA de setembro. A queda em Artigos de residência foi devido ao recuo de tv, som e informática (-1,84%), graças à redução dos preços dos televisores (-2,66%). Na direção oposta, as famílias pagaram mais em setembro por Saúde e cuidados pessoais (0,57%, impacto de 0,07%), Vestuário (1,77%, impacto de 0,08%), Despesas pessoais (0,95%, impacto de 0,10%), Educação (0,12%, impacto de 0,01%) e Habitação (0,60%, impacto de 0,09%).

Em Vestuário, todos os itens do grupo tiveram alta de preços, com destaque para as roupas femininas (2,03%), que contribuíram com 0,03%, roupas masculinas (1,82%), infantis (1,92%) e calçados e acessórios (1,70%). A alta do grupo Despesas pessoais foi puxada pelos serviços bancários (1,56%). Também subiram os serviços ligados ao turismo, como hospedagem (2,88%) e pacote turístico (2,30%), acumulando em 12 meses altas de 24,07% e 19,78%, respectivamente. Apenas 1 das 16 regiões investigadas registrou alta de preços em setembro. O resultado mais elevado foi observado em Vitória (ES), 0,17%, enquanto o mais baixo ocorreu na região metropolitana de Fortaleza (CE), -0,65%. O índice de difusão do IPCA, que mostra o percentual de itens com aumentos de preços, passou de 65% em agosto para 62% em setembro. O índice de difusão de setembro foi o mais baixo desde agosto de 2020, quando ficou em 55,17%. A difusão de itens alimentícios passou de 59% em agosto para 58% em setembro. A difusão de itens não alimentícios saiu de 70% em agosto para 64% em setembro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.