17/Out/2022
O mercado das Cédulas de Produto Rural (CPR) 3.0 - que poderão ser emitidas também por revendas de insumos agrícolas e de máquinas, entre outros agentes, além de produtores rurais - deve passar por forte crescimento em 2023. O Itaú BBA, que fez as duas primeiras operações de CPR 3.0, formalizou 32 operações desde a criação do produto, em julho, até o fim de setembro. Elas somaram R$ 600 milhões em crédito, segundo Pedro Fernandes, diretor de Agronegócios. Até 2023, o mercado chegará a algo como R$ 50 bilhões, mais ou menos um quinto de todas as CPRs. Segundo Carlos Aguiar, diretor de Agronegócios do Santander, a projeção é de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões em um ano.
A CPR 3.0 é menos burocrática que outros títulos voltados a empresas do agro, como o CDCA, e é isenta de IOF (imposto sobre operações financeiras). Também tem potencial para ser usada na emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), quando for preciso captar montante maior de dinheiro. A CPR 3.0 poderia atrair mais recursos de investidores se a legislação fosse clara sobre permitir que Fiagros (fundos para a cadeia do agro) invistam no papel - hoje há restrições. Também restam dúvidas sobre tradings poderem tomar crédito emitindo CPR 3.0. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.