07/Nov/2022
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), desde julho, após acordo firmado com a Rússia, a Ucrânia já exportou 10 milhões de toneladas de grãos pelo corredor de exportação no Mar Negro. Apesar de todos os obstáculos, a iniciativa está funcionando. O acordo teve sua continuidade ameaçada, após a Rússia anunciar que deixaria o pacto no dia 29 de outubro, alegando que a rota estaria sendo usada para ataques militares por forças ucranianas.
No dia 3 de novembro, no entanto, após garantias ucranianas de que o corredor seria usado apenas para o transporte de alimentos, as exportações pelo Mar Negro foram retomadas. Diante da instabilidade das negociações, e da manutenção na guerra no Leste Europeu, a ONU pediu que Rússia e Ucrânia concentrem seus esforços em duas medidas: em primeiro lugar, na renovação e implementação total do acordo; em seguida, na remoção dos obstáculos restantes à exportação de alimentos e fertilizantes da Rússia. A ONU está totalmente comprometida com ambos os objetivos e enfatizou a necessidade de abordar urgentemente a crise do mercado global de fertilizantes. Problemas globais de acessibilidade de fertilizantes não pode se transformar em uma escassez global de alimentos.
O acordo que permitiu a Ucrânia exportar seus grãos pelo Mar Negro foi assinado em 22 de julho deste ano, após entendimento com a Rússia e mediação da ONU e da Turquia. O acordo deverá expirar no dia 19 de novembro. Dirigentes da ONU e da Ucrânia já demonstraram interesse em renovar o pacto, mas, até o momento, a Rússia não confirmou se seguirá apoiando a iniciativa. Os Ministros de Relações Exteriores do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) afirmaram, na sexta-feira (04/11), que apoiam fortemente o pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) para prolongar a iniciativa de grãos no Mar Negro, como uma forma de diminuir o preço dos alimentos.
Os ministros do G7 acusam a guerra da Rússia como um dos principais drivers para o aumento dos preços, não só dos alimentos, mas também da energia. Eles também destacam que estão acelerando o trabalho para garantir fertilizantes aos países mais vulneráveis e estão comprometidos a promover globalmente sistemas alimentares mais sustentáveis, resilientes e inclusivos e apelaram ao G20 para apoiar esses esforços. Os ministros de Relações Exteriores que assinam a declaração são dos Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Itália, como também altas representatividades da União Europeia. Fonte: Valor Online e Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.