ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

06/Dez/2022

Carro elétrico: carregamento desafia os usuários

Diante da falta de pontos de carregamento, os motoristas que trabalham com veículos elétricos precisam se organizar de diferentes formas. Muitas vezes, é impossível fugir de filas que podem durar horas. Isso porque o tempo para completar a recarga muda a cada tipo de veículo ou carregador, podendo variar de 40 minutos a 1 hora nos ultrarrápidos e de 5 a 10 horas nos modelos tradicionais. A 99 tenta eletrificar sua frota e vai ofertar 300 unidades do tipo aos motoristas parceiros. Mas, a falta de estrutura é o maior problema. As empresas disponibilizam o ponto, mas não fazem a manutenção necessária. Não há como saber se aquele endereço está funcionando ou não. A situação fica mais complicada no horário de pico, quando muitos condutores buscam os poucos pontos de recarga rápida de São Paulo.

Com poucas opções, antes de sair de casa, os motoristas precisam tentar conciliar suas rotas com os endereços de recarga. Ainda assim, muitos são surpreendidos com equipamentos inoperantes. No aplicativo Plug Share, utilizado por condutores para encontrar os postos da rede pública de abastecimento e para avaliar a qualidade da estrutura, muitos endereços da capital recebem frequentemente comentários negativos. Para a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), além da ampliação da rede pública de carregamento, a entidade tenta fiscalizar a qualidade do serviço prestado nos pontos da cidade. Muito mais importante do que a quantidade de pontos é a experiência que os usuários de carros elétricos têm no ponto de recarga.

As empresas que oferecem carregadores públicos, como Ipiranga, BMW, Volvo e Movida, dizem estar trabalhando para garantir o funcionando das unidades e ampliar os pontos de serviço. Na avaliação do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o fato de existir o veículo "flex" no Brasil (movido a álcool e gasolina) atrapalha o desenvolvimento do segmento de elétricos. O etanol já é um combustível muito menos poluente do que a gasolina e pode ser encontrado em praticamente todos os postos de combustível do País. No Brasil, o carro elétrico ainda é um item de luxo, e o custo para se construir uma rede nacional de abastecimento seria muito alto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.