08/Dez/2022
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), se o fenômeno climático La Niña na safra 2022/2023, já em andamento, for menos intenso que o observado na temporada 2021/2022, o Produto Interno Bruto do Agronegócio (PIB Agro) deverá ser positivo em 2023. O Rio Grande do Sul, por exemplo, já observa efeitos de La Niña com estiagem intensa desde meados de novembro. A estimativa, de estabilidade a alta de 2,5% no PIB agro em 2023, inclui a questão climática. As previsões mostram que a intensidade de La Niña neste ano tende a ser entre 60% e 70% menor do que a do ano passado. Se a safra ficar fora da janela, isso pode mudar porque os preços das commodities agrícolas não vão contribuir para a alta do PIB e o custo de produção ainda pesará.
A previsão é de incremento da produção de soja e milho em 2023, com a produção agropecuária devendo superar 300 milhões de toneladas. Em 2023, haverá incremento da produção de soja e milho, mas deve haver queda nos preços de soja e milho e aumento nas cotações de trigo. A tendência de queda nos preços desses grãos deve-se a estoques mundiais mais ajustados. Já o trigo deve ter incremento de preço, com continuidade da guerra e consumo. As commodities não devem voltar aos preços de antigamente, mas não estarão tão elevadas. Do lado do custo de produção, haverá queda nos preços de fertilizantes, mas não retornando ao patamar anterior.
O custo operacional de produção da safra de grãos 2022/2023 aumentou em mais de 40% para soja, milho e trigo. Foi um dos mais altos custos de produção para os últimos anos. A pecuária também foi afetada com alta de insumos influenciando no preço de rações. Do ponto de vista do consumo, as previsões mostram que a exportação de produtos do agronegócio deve crescer em volume em 2023 e em menor ritmo em preço. O consumo doméstico não deve crescer muito em 2023. Os produtos exportados do agro não devem crescer muito em preço, mas em volume. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.