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16/Jan/2023

Dólar registra 2ª semana seguida de queda ante Real

O dólar fechou praticamente estável ante o Real na sexta-feira (13/01), ao passo que agentes financeiros ainda avaliam o pacote de medidas econômicas anunciado pelo governo e repercutem expectativa de uma alta menor nas taxas de juros norte-americanas. O dólar subiu 0,14%, e fechou a R$ 5,10. Na mínima da sessão, cedeu 0,44% (R$ 5,07) e na máxima subiu 1,09% (R$ 5,15). A moeda acumulou sua segunda semana seguida de queda, de 2,46%. A divisa norte-americana alcançou as máximas do dia frente ao Real pela manhã da sexta-feira (13/01), sob efeito, principalmente, do cenário externo, mas perdeu força ao longo do pregão. O Real se beneficiou nas últimas duas sessões da consolidação de apostas de uma alta de 0,25% nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na próxima reunião. A elevação representaria uma nova redução no ritmo de aperto monetário pela instituição, o que tende a enfraquecer a moeda norte-americana.

Segundo a Rio Bravo, a mudança de postura pelo Fed foi ficando mais forte durante a semana passada, o CPI (dado de inflação nos Estados Unidos) ajudou bastante. O dólar operava próximo à estabilidade contra uma cesta de moedas no exterior. Para a corretora Treviso, não se trata de um excelente humor externo na sessão, mas tem trazido tranquilidade para o mercado internacional. Localmente, o pacote de medidas anunciado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, segue no radar dos agentes financeiros. As percepções foram, em geral, positivas, mas com ressalvas. O plano, que inclui reduções de débitos tributários e reoneração de combustíveis, pode levar a ajuste de até R$ 242,7 bilhões nas contas em 2023. O ministro, em uma projeção mais cautelosa, apontou que o resultado primário do governo central de 2023 deve ficar em déficit de 0,5% a 1% do PIB. A Rio Bravo considera que qualquer anúncio neste sentido é positivo, diante do cenário esperado anteriormente pelo mercado com relação à dívida. No entanto, parte das medidas não é concreta e tem foco apenas no curto prazo.

O plano visa reduzir percepção de risco de curto prazo, para depois discutir perspectiva mais longa com uma nova regra fiscal. Os ex-secretários do Tesouro Nacional Jefferson Bittencourt e Paulo Valle disseram que o conjunto de medidas para reduzir o déficit fiscal representa um sinal positivo do novo governo ao indicar preocupação com as contas públicas, mas as iniciativas são insuficientes para estabilizar a dívida pública. O pregão de sexta-feira (13/01), que ainda teve dado de atividade econômica local abaixo do esperado, encerrou uma semana agitada nos mercados financeiros, incluindo, além do foco nos juros dos Estados Unidos e no pacote econômico doméstico, fortes respostas das autoridades aos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília e anúncios de membros do governo. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.