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26/Jan/2023

Dólar tem queda pela terceira sessão consecutiva

O dólar caiu mais de 1% ante o Real nesta quarta-feira (25/01), para o patamar mais baixo em quase três meses, à medida que movimento de entrada de recursos vindos do exterior segue dando suporte à divisa brasileira. No exterior, a moeda norte-americana mostrou enfraquecimento, o que também teve influência no movimento local. Ainda assim, o desempenho do Real foi bem superior aos de seus pares emergentes e divisas de países desenvolvidos. O dólar caiu 1,21%, e fechou a R$ 5,08, menor nível de fechamento desde 4 de novembro de 2022 (R$ 5,05). O pregão foi de feriado na cidade de São Paulo. O dólar acumula queda de 2,46% desde segunda-feira (23/01), mais do que compensando o avanço de 1,98% na semana passada. A Toro Investimentos acredita que o fator principal seja o fluxo estrangeiro. Há potencial de maior recuo caso o dólar consiga romper o nível dos R$ 5,07.

A expectativa de que o ciclo de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) esteja próximo do fim vem impulsionando o fluxo de recursos ao Brasil. A aposta majoritária no mercado é de elevação da taxa em 0,25% pelo banco central norte-americano em reunião na próxima semana, o que significaria uma nova redução de ritmo do aperto monetário. A estabilização dos juros nos Estados Unidos tende a aumentar a atratividade do Real, principalmente devido a operações no mercado baseadas no diferencial de juros entre os países, o chamado "carry trade". Outros fatores também foram citados como gatilhos para esse fluxo ao Brasil, incluindo a reabertura da China, que eleva a entrada de recursos em países emergentes, a sustentação de preços de commodities e, para alguns, visão mais favorável do investidor estrangeiro com a cena doméstica em comparação ao investidor local. O dólar recuava cerca de 0,30% frente a uma cesta de moedas fortes.

O enfraquecimento da moeda norte-americana impulsionou ainda mais o Real durante o pregão, que desde a abertura já descolava de pares emergentes e das principais divisas do globo. Investidores mostraram-se mais hesitantes nos mercados internacionais, atentos a decisões de política monetária na semana que vem nos Estados Unidos e na zona do euro. Parte dos mercados na Ásia está fechada para as comemorações de Ano Novo Lunar, o que tende a reduzir a liquidez. Os operadores monitoraram declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse nesta quarta-feira (25/01), em pronunciamento ao lado do presidente do Uruguai, Luís Alberto Lacalle Pou, em Montevidéu, ser possível o Mercosul firmar um acordo comercial com a China e que as negociações irão começar assim que o bloco concluir as negociações com a União Europeia. Um dos principais objetivos da viagem de Lula a Montevidéu era negociar com o presidente do Uruguai para preservar o Mercosul, que se vê ameaçado pela decisão uruguaia de negociar acordos de livre comércio à revelia do bloco, em especial com a China. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.