27/Jan/2023
Representantes de indústrias de bioinsumos, de empresas que trabalham com crédito de carbono, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de universidades e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reuniram-se na quarta (25/01) para esboçar uma política pública de incentivo a uma produção agropecuária mais sustentável. Foram coletadas sugestões para incentivo à agricultura de baixo carbono e as oportunidades para a ampliação do uso de bioinsumos. Estes temas são capazes de promover rápida alavancagem na promoção de agricultura sustentável. O governo federal quer promover um setor agropecuário mais sustentável e competitivo. A prioridade é recuperar áreas degradadas e ampliar as práticas sustentáveis conectando-as com o mercado de carbono. Foram recebidas as ideias do setor de bioinsumos e de carbono para estruturar uma estratégia de financiamento diferenciado.
A ideia inicial é que ao menos 30 milhões de hectares de pastagens degradadas (de um total de aproximadamente 70 milhões nessa condição) sejam recuperados por meio de práticas agrícolas sustentáveis. Uma das ideias é oferecer melhores condições de financiamento aos produtores que se mostrarem mais comprometidos com a sustentabilidade. Os detalhes dessa política ainda serão definidos pelas equipes técnicas do Ministério da Agricultura. O objetivo é oferecer um maior estímulo financeiro e creditício para que o produtor adote práticas cada vez mais sustentáveis, considerando aspectos ambientais, sociais e econômicos. É necessária a adoção de um mecanismo de controle simples e facilmente aplicável, que atraia pequenos, médios e grandes produtores, e que permita uma comunicação eficaz dos resultados.
A inovação é um motor importante de transformação da agropecuária brasileira e políticas públicas propositivas podem induzir movimentos importantes como a conversão para aumentar a intensificação sustentável, bem como o aumento da eficiência e competitividade da agricultura brasileira. O uso de bioinsumos pode ser financiado pelo Plano Safra com taxas ainda mais atrativas, que deve ser anunciado entre o final de maio e início de junho. Quanto mais simplificado o mecanismo, maior a chance de sucesso. Os empresários e produtores não precisam temer o diferente, porque o agro brasileiro é tão diverso que permite práticas complementares. É preciso regular, criar regras e parâmetros claros para que haja transparência, inclusive para fora do País. Foi sugerida também a criação de câmaras setoriais específicas para carbono e bioinsumos. Fonte: Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.