17/Fev/2023
As seguradoras pagaram em 2022 um montante de indenizações relacionadas a seguro rural (proteção de safra, equipamentos agrícolas e animais, entre outras modalidades) de R$ 10,5 bilhões, 47,1% a mais do que os R$ 7,1 bilhões pagos a segurados em 2021, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) compilados pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). A alta do ano passado já se deu em cima de uma base ampla, tendo em vista que em 2021 as indenizações tinham superado, em 95%, o total pago em 2020. A arrecadação (prêmios) com seguro rural contabilizada no ano passado pelas seguradoras cresceu em proporção menor, 39,5%, chegando a R$ 13,4 bilhões.
No ano anterior, as seguradoras arrecadaram R$ 9,6 bilhões, avanço de 40% em relação a 2020. Segundo o superintendente de Estudos e Projetos de outra entidade representativa das seguradoras, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Thiago Ayres, avalia que o aumento da demanda por seguro rural nos últimos anos está diretamente relacionado à percepção de risco pelo produto rural. Desde 2018, o segmento teve um aumento de 351,4% em arrecadação e de 192,5% no pagamento de indenizações, conforme a entidade. Com o aumento constante na ocorrência de eventos climáticos severos, o produtor rural, cada vez mais, tem enxergado o setor de seguros como um forte aliado na saúde financeira do seu negócio.
Para 2023, a CNseg projeta um crescimento de 7,3% do segmento de seguros rurais. No ano passado, o Rio Grande do Sul liderou a demanda por seguro rural, com R$ 2,5 bilhões em prêmios (arrecadação), e ficou em segundo considerando as indenizações pagas (R$ 3,2 bilhões). O Paraná foi o Estado líder em indenizações (R$ 3,3 bilhões) e segundo em arrecadação (R$ 2,3 bilhões). São Paulo ficou em terceiro em arrecadação (R$ 2,1 bilhões) e indenização (R$ 1,3 bilhão). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.