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23/Fev/2023

Focus segue indicando cenário de alta para inflação

INFLAÇÃO

As expectativas inflacionárias para este e os próximos anos continuaram a subir e a se desviar dos alvos definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no Boletim Focus. A projeção para o IPCA (índice oficial de inflação) deste ano subiu de 5,79% para 5,89%, contra 5,48% há um mês. Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do Banco Central, a projeção também avançou, de 4,00% para 4,02%, de 3,84% há quatro semanas.

A mediana para a inflação oficial em 2023 está bem acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana está acima do centro da meta (3,00%), mas ainda dentro do intervalo que vai de 1,50% a 4,50%. Houve aumento na projeção do IPCA de 2025, de 3,60% para 3,78%, de 3,50% há um mês. Da mesma forma, a estimativa para o IPCA de 2026 passou de 3,50% para 3,70%, contra 3,47% um mês antes. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026.

PIB

O cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 apresenta alta. A mediana para a alta do PIB em 2023 passou de 0,76% para 0,80%, contra 0,79% há um mês. Para 2024, há estabilidade na perspectiva de crescimento do PIB em 1,50%, mesma projeção de um mês atrás. Para 2025, a projeção baixou de 1,85% para 1,80%, contra 1,90% de quatro semanas antes. A estimativa para 2026 está em 2,00% há 49 semanas.

JUROS

Com a temperatura mais baixa após o tom conciliatório do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a redução das críticas ao Banco Central do governo Lula, a expectativa para os juros básicos se manteve estável para o fim de 2023, 2024 e 2025. A mediana para a taxa Selic no fim de 2023 continua em 12,75% ao ano, enquanto para o término de 2024 se mantém em 10,00%. Há quatro semanas, as estimativas eram de 12,50% e 9,50%, nessa ordem. A incerteza fiscal e a desancoragem de expectativas inflacionárias em prazos mais longos aumentam o custo da desinflação. A projeção para a Selic no fim de 2025 continua em 9,00%, contra 8,50% de quatro semanas antes. A projeção para a Selic no fim de 2026 subiu de 8,50% para 8,75%, de 8,25% há um mês.

DÓLAR

O cenário da moeda norte-americana em 2023 se mantém estável nesta semana. A estimativa para o câmbio neste ano continua em R$ 5,25. Há um mês, a mediana era de R$ 5,28. Para 2024, a mediana passou de R$ 5,30 para R$ 5,29, contra R$ 5,30 há quatro semanas.

Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.