20/Mar/2023
Desde o ano passado, as anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) na área do Oceano Pacífico Equatorial, denominada Niño 3.4 (entre 170°W-120°W), vem apresentando valores inferiores a -0,5°C, situação em que configura a existência do fenômeno La Niña. Este fato tem contribuído para a ocorrência de chuvas mais frequentes nas Regiões Norte e Nordeste, bem como a escassez de chuvas na Região Sul do Brasil, em especial no Rio Grande do Sul, durante o verão 2022/2023. Entretanto, nos dois primeiros meses de 2023, as condições de La Niña vêm perdendo intensidade, pois os valores de anomalias de TSM passaram de -0,7°C para -0,4°C, indicando uma transição para condições de neutralidade.
Considerando os próximos meses, o modelo de previsão de ENOS do APEC Climate Center (APCC), centro de pesquisa da Coreia do Sul, aponta para uma probabilidade superior a 80% de que as condições de neutralidade permaneçam até o início do outono/2023, com uma possível transição para a formação da fase quente (El Niño) entre o final desta estação e início do inverno. Neste sentido, é recomendável o acompanhamento das atualizações futuras do progresso do ENOS por meio do monitoramento da TSM no Pacífico para que possa ser verificada a persistência do fenômeno. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.