05/Abr/2023
O Banco Mundial antecipa que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá crescer aproximadamente 0,8% este ano, enquanto estima que o crescimento em 2022 tenha sido de 2,9%. Semelhante a outros países da América Latina e do Caribe, parte do motivo pelo qual o aumento do Brasil não é mais alto se dá pelo fato de que os altos impostos e a má estabilidade econômica tornam o mercado menos atraente para investidores. Seria interessante o País considerar "reshoring" e "nearshoring" quanto a sua produção, com o objetivo de tentar aumentar a competitividade da indústria brasileira enquanto problemas estruturais e de impostos pesados persistirem. Tanto para 2024 quanto para 2025, o Banco Mundial prevê que o crescimento do PIB brasileiro será de 2%. As economias da América Latina e Caribe devem ter um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) por volta de 1,4% em 2023, que é abaixo do esperado para a região.
Taxas de crescimento de 2,4% são esperadas para 2024 e 2025, mas isso ainda é muito baixo para reduzir significativamente a pobreza. As economias da América Latina e do Caribe têm se mostrado relativamente resilientes aos estresses de aumento de dívidas, inflação e incerteza no mundo todo. Porém, atualmente, os principais fatores que tornam a situação dessas economias mais complicada são as altas taxas de juros e a recuperação não estável da China, além dos preços de commodities mais baixos. Os países precisam preservar sua resiliência duramente conquistada e aproveitar as oportunidades globais únicas que o comércio oferece. Entre as oportunidades, trazer a produção mais perto dos próprios mercados locais e aumentar sua atividade com a indústria verde. A análise declara que a região precisa urgentemente acelerar o desenvolvimento inclusivo, mantendo uma maior estabilidade macroeconômica com o objetivo de aumentar as chances de que os benefícios sejam aproveitados por todos de forma mais igualitária.
Haverá uma "reversão na política monetária" da América Latina e do Caribe. Conforme os níveis de inflação diminuem, como nos casos de Brasil, Chile, México e Peru, o histórico sugere essa mudança na postura da política monetária, conforme os países começam a lidar com questões da demanda contida, relaxando o aperto monetário. O Chile e o Brasil já anunciaram pausas em mais altas de juros. No caso do Brasil, porém, há um debate em andamento, com pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por cortes nos juros, enquanto o Banco Central mantém sinalização hawkish. Para o Banco Mundial, embora a região não esteja fora de dificuldades inflacionárias e mais choques adversos possam ser esperados, a América Latina e o Caribe estão muito distantes das inflações de décadas passadas. A economia do México deve registrar crescimento de 1,5% em 2023, enquanto a Argentina deve enfrentar estagnação e o Chile sofrer uma contração de 0,7% em seu Produto Interno Bruto (PIB) no ano atual.
No caso do México, o Banco Mundial ainda estima crescimento de 1,8% em 2024 e de 2,0% em 2025. O órgão também chama a atenção para o fato de que há fuga de capital em boa parte dos países em desenvolvimento, inclusive na América Latina e no Caribe, com retornos mais altos no G7, mas o México aparece como "notável exceção" nesse movimento. O país tem registrado um crescimento nos fluxos de investimento estrangeiro direto de quase 40% ao longo de dez anos, enquanto na América do Sul houve recuo de 8,6% na mesma comparação. Destaque para o fato de que houve piora na perspectiva econômica para Chile, Argentina e Colômbia, na região da América Latina e do Caribe, enquanto as projeções para Brasil e México têm se estabilizado e o Peru tem crescimento previsto maior, de 2,1% em 2023. Para a Argentina, a projeção é de alta de 2,0% do PIB em 2024 e que o mesmo resultado se repita em 2025. No caso do Chile, após a contração estimada para 2023, deve haver crescimento de 2,1% em 2024 e avanço de 2,2% em 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.