18/Abr/2023
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feira (17/04) a criação de uma linha em dólar, com taxa fixa de 7,59% ao ano mais variação do câmbio, para financiar a compra de máquinas, equipamentos agrícolas, silos e estruturas de armazenagem, sistemas de energia fotovoltaica e outros equipamentos utilizados pelo setor agropecuário. O banco deve aprovar na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) um empréstimo de US$ 750 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que deve resultar em uma oferta de crédito, em Reais, de R$ 2 bilhões, para produtores rurais com recebíveis em dólar.
A ideia é fazer um hedge cambial para exportadores. O governo quer disponibilizar mais crédito e mais barato, sem pressão para o Tesouro. A taxa que está sendo criada é de Selic menos 6%. O Ministério da Agricultura e o BNDES estavam em discussões avançadas sobre a criação de uma opção para financiamento de máquinas e equipamentos industriais em dólar, com taxas de 7,5% e 8%, o que, considerando o custo da variação cambial, resultaria em taxa ao redor de 13% ao ano, em linha com os 12,5% ao ano atuais do Moderfrota. A nova linha anunciada pelo BNDES terá carência de 24 meses e prazo de 120 meses para o pagamento.
O presidente do BNDES, Aloisio Mercadante, afirmou que que há um caminho muito promissor para a agricultura brasileiro, mas enfatizou que os recursos estrangeiros estão voltando ao Brasil em virtude do compromisso do banco com o fim do desmatamento. Essa linha é uma forma de demonstrar ao agro que é preciso combater o desmatamento. As linhas estão voltando para o Brasil com o compromisso de fim do desmatamento. Quem está desmatando não terá acesso a linhas, e quem desmatar após ter linha pagará multa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.