18/Abr/2023
A nova linha de crédito em dólar anunciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve entrar em vigor nesta terça-feira (18/04), com publicação de circular pelo banco, e a abertura do sistema para protocolo de pedidos de crédito deve ocorrer a partir de maio. Qualquer um dos 77 bancos que atualmente possuem convênio com o BNDES pode operar a linha, que deve dispor de R$ 2 bilhões para financiamento de máquinas agrícolas, equipamentos para armazenamento, energia fotovoltaica e outros investimentos do setor. A linha contará com duas faixas para adesão, com taxas de juros diferentes. Para crédito com prazo de amortização de 25 a 72 meses, a taxa será de 8% ao ano mais a variação em dólar; para as linhas que tenham prazo de pagamento de 73 a 120 meses, a taxa será de 7,5% ao ano mais variação em dólar.
A taxa desta linha é menor do que a de qualquer oferta do mercado existente hoje. O BNDES também tem o desafio de atender à agricultura familiar. O Ministério da Agricultura afirmou que mais em crédito para o setor. Está sendo finalizado R$ 30 bilhões para safra anterior; com recursos novos e disponíveis em 2023, houve R$ 18,5 bilhões (do BNDES) com equalização zero. Segundo o BNDES, dos R$ 21 bilhões adicionais que o banco vai ofertar por meio do Programa FGI Peac, de garantia para concessão de crédito, R$ 1,5 bilhão já foi contratado na última semana. Os bancos já tinham sido comunicados sobre a linha FGI/Peac há uma semana. Conforme dados apresentados, 46 instituições financeiras estão habilitadas a contratar a garantia do programa para concessão de empréstimos. A nova linha não terá aporte do governo, como já aconteceu no passado, mas será viabilizada pela redistribuição de recursos não aplicados por agentes financeiros nas fases iniciais do programa.
O BNDES possui hoje uma carteira de garantias ativas de R$ 61 bilhões. Tanto o FGI Peac como a linha de crédito rural em dólar são compatíveis com esforço fiscal do governo. Haverá uma linha para infraestrutura também, mas em outro modelo. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reforçou que o desmatamento é algo marginal na agricultura moderna brasileira e que o banco dará maior estímulo à agricultura descarbonizada. A crise climática chegou e exige novas formas de financiar a economia, enfatizou Mercadante. A previsão é de que sejam liberados, pela nova linha para o agro, ao redor de R$ 2 bilhões por ano, com taxa fixa de 7,5% a 8,5% ao ano, dependendo do prazo de amortização da dívida, destinados a produtores rurais com recebíveis em dólar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.