20/Abr/2023
Segundo a Unidade do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro do Banco Central, a adesão maciça de cooperativas agropecuárias no convencimento do produtor para que ele faça seguro rural pode ser uma das saídas para capilarizar o número de apólices no País e, consequentemente, reduzir riscos. As cooperativas poderiam entrar com mais força neste mercado, a exemplo do que já fazem com o crédito rural cooperativista, que cresce a cada ano. Entretanto, segundo estudo inédito apresentado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) traçando um perfil do setor no País, seus avanços e obstáculos, indica que as cooperativas prezam, antes de tudo, o bom relacionamento com os cooperados.
As cooperativas têm um papel decisivo no crédito rural. Mas, quanto ao seguro rural é diferente. Com base no estudo, que entrevistou produtores, seguradoras e cooperativas, estas instituições avaliam o mercado de seguro rural como "pouco maduro". Então, para a cooperativa, qualquer coisa que possa criar ruídos entre ela e seu cooperado não interessa. O Ministério da Agricultura reconheceu que é necessário aumentar a escala das operações para diluir riscos do seguro rural. A concentração da exposição do seguro rural na Região Sul do País é um ponto a tentar ser equilibrado. Pulverizar mais o risco entre outras regiões seria prioritário. A necessidade de diluir o número de operações pelo território nacional seria, do ponto de vista do Ministério da Agricultura, o ponto prioritário. Por exemplo, é necessário atrair para o seguro rural produtores com menor risco. Este é um ponto crucial para equilibrar a carteira e estimular as seguradoras.
Para tanto, o Ministério da Agricultura tem trazido mais informações públicas para minimizar riscos para as seguradoras, como o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para várias culturas, que é o principal instrumento na gestão de risco. Além disso, o Ministério da Agricultura lançará três novidades ainda este ano: uma ligada à classificação de solos e armazenamento hídrico; o Zarc de acordo com o tipo de manejo, a fim de facilitar a precificação das apólices por parte das seguradoras; e o zoneamento por produtividade, que trará uma estimativa de produção para cada período de plantio. Essas informações estão sendo formatadas em conjunto com a Embrapa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.