26/Mai/2023
O Palácio do Planalto deixou a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, à própria sorte ao negociar a reestruturação da Esplanada. A prioridade da articulação política do presidente Lula foi empenhar todos os esforços para salvar o núcleo palaciano e as pastas chefiadas pelo PT, como Casa Civil e Desenvolvimento Agrário. A orientação dos líderes do governo na Câmara e no Senado foi para aceitar o texto proposto pelo relator, Isnaldo Bulhões (MDB-AL). O parecer minguou a pasta de Marina. Tirou dela o poder sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a Agência Nacional de Águas (ANA).
As alterações foram avalizadas pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. A Rede Sustentabilidade disse que repudia qualquer iniciativa que retire atribuições fundamentais ao Ministério do Meio Ambiente. Mas, evitou críticas a Lula. O ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o presidente Lula precisa respaldar a decisão do Ibama de impedir a exploração de petróleo no Rio Amazonas. “Marina Silva é ‘indemissível’ para o Governo e não terá como ser detonada por Lula”, afirmou. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou para esta sexta-feira (26/05), uma reunião com as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
Na Medida Provisória (MP) da reestruturação dos Ministérios que reorganiza a Esplanada, foi aprovado um esvaziamento do Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva. Outro ministério que perdeu poder com as mudanças feitas foi o dos Povos Indígenas. A demarcação de terras sai da Pasta e volta para o Ministério da Justiça. O governo estuda contestar no Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório de Isnaldo Bulhões. Quem levou à Presidência a possibilidade de ir à Justiça contra o texto foi o ministro da Justiça, Flávio Dino. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.