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12/Jul/2023

Inflação registra recuo pela primeira vez em 2023

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou junho com queda de 0,08%, ante um avanço de 0,23% em maio. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,87%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 3,16% até junho, menor que a taxa de 3,94% acumulada nos 12 meses. A queda de 0,08% registrada pelo IPCA em junho foi o menor resultado desde setembro de 2022, quando houve recuo de 0,29%. Considerando apenas meses de junho, o IPCA foi o mais baixo para o mês desde 2017, quando houve redução de 0,23%. O desempenho voltou a desacelerar a taxa acumulada em 12 meses. No mês de junho de 2022, o IPCA tinha sido de 0,67%.

O resultado foi o mais baixo desde setembro de 2020, quando estava em 3,14%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve queda de 0,10% em junho, após uma elevação de 0,36% em maio. Com o resultado, o índice acumulou alta de 2,69% no ano. A taxa em 12 meses mostrou alta de 3,00%, ante taxa de 3,74% até maio. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados. O índice de difusão do IPCA, que mostra o percentual de itens com aumentos de preços, passou de 56% em maio para 50% em junho. O índice de difusão do IPCA de junho é o menor desde maio de 2020, quando ficou em 43%. A difusão de itens alimentícios passou de 53% em maio para 46% em junho. A difusão de itens não alimentícios saiu de 58% em maio para 52% em junho.

Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,66% em junho, após alta de 0,16% em maio. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,14% para o IPCA, que caiu 0,08% no mês. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 1,07% em junho, após ter ficado estável no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,46%, ante alta de 0,58% em maio. Os preços de Transportes caíram 0,41% em junho, após queda de 0,57% em maio. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,08% para o IPCA. Os preços de combustíveis tiveram queda de 1,85% em junho, após recuo de 1,82% no mês anterior. A gasolina caiu 1,14%, após ter registrado queda de 1,93% em maio, enquanto o etanol recuou 5,11% nesta leitura, após alta de 0,38% na última.

As famílias brasileiras gastaram 0,69% a mais com habitação em junho, uma contribuição de 0,10% para a taxa de -0,08% registrada no mês. A alta no grupo foi puxada pelo aumento de 1,43% na energia elétrica, uma contribuição de 0,06%. A taxa de água e esgoto subiu 1,69% em junho. Ainda em Habitação, o gás encanado recuou 0,04%. O preço do gás de botijão caiu 3,82%. Os gastos das famílias com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,93% em maio para uma alta de 0,11% em junho, o equivalente a uma contribuição de 0,01% para a taxa de junho. O resultado de junho foi influenciado pela alta de 0,38% nos preços dos planos de saúde, decorrente do reajuste de até 9,63% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho, com vigência a partir de maio de 2023 e cujo ciclo se encerra em abril de 2024.

Desse modo, no IPCA de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho. Quatro dos nove grupos que integram o IPCA registraram quedas de preços em junho. As deflações ocorreram em Transportes (-0,41%, impacto de -0,08%), Alimentação e bebidas (-0,66%, impacto de -0,14%), Artigos de residência (-0,42%, impacto de -0,02%) e Comunicação (-0,14%, impacto de -0,01%). As famílias gastaram mais com Saúde e cuidados pessoais (0,11%, impacto de 0,01%), Despesas pessoais (0,36%, impacto de 0,04%), Educação (0,06%, impacto de 0,00%), Habitação (0,69%, impacto de 0,10%) e Vestuário (0,35%, impacto de 0,02%). Onze das 16 regiões investigadas registraram deflação em junho. O resultado mais baixo foi registrado em Goiânia (GO), -0,97%, enquanto o mais elevado ocorreu em Belo Horizonte (MG), 0,31%.

A safra recorde, a queda na cotação internacional de grãos e a maior oferta de produtos no mercado estão por trás da redução nos preços dos alimentos consumidos no domicílio em junho. O grupo Alimentação e bebidas saiu de um aumento de 0,16% em maio para uma redução de 0,66% em junho. A alimentação no domicílio passou de uma estabilidade (0,00%) em maio para recuo de 1,07% em junho. As famílias pagaram menos pelo óleo de soja (-8,96%), frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,10%). Por outro lado, ficaram mais caros a batata-inglesa (6,43%) e o alho (4,39%). A alimentação fora do domicílio subiu 0,46% em junho. O lanche fora de casa aumentou 0,68%, enquanto a refeição ficou 0,35% mais cara. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.